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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Comerciantes e moradores do Alto reclamam de interdição de rua

Avenida Oliveira Botelho ficará fechada até o dia 29 para realização de evento particular

Luiz Bandeira

Neste próximo fim de semana, mais uma vez acontece um evento privado com apoio da prefeitura na Avenida Oliveira Botelho, no Alto, com interdição do tráfego de veículos em trecho de um dos principais acessos ao município, com a Guarda Municipal desviando o trânsito para vias mais estreitas, onde manobras com veículos grandes como ônibus, por exemplo, são muito mais difíceis. Motivo de muita reclamação de motoristas, comerciantes e moradores, já que vem se tornando recorrente essa situação, pois este será o terceiro evento nos mesmos moldes dos anteriores. O primeiro evento aconteceu em junho do ano passado. Em março deste ano, outro ocupando o mesmo espaço, o que foi motivo de reclamação de comerciantes e moradores do entorno. Nesta terça-feira, 23, a reportagem do O Diário de Teresópolis foi procurada por diversos comerciantes e pessoas manifestaram indignação nas redes sociais alegando que não houve um aviso prévio, tão pouco uma consulta aos contribuintes que se sentem prejudicados com a situação.
Enquanto um grupo de comerciantes que alega prejuízos se reunia com secretários municipais, buscando um entendimento, outros se dispuseram a relatar à nossa reportagem os problemas causados pela interdição da Avenida Oliveira Botelho. O empresário Odenir Cardoso Quincas resumiu o sentimento das pessoas que não concordam com a interdição para um evento particular. “Não só eu, como toda a região está sendo muito prejudicada com essa festa, com esse evento, pelo desrespeito que a prefeitura está tendo conosco, não só com os comerciantes, mas também com os moradores, com usuários das linhas de ônibus, enfim está havendo um desrespeito total, já que não é a primeira vez que eles fazem isso, nós já vamos pra terceira festa aqui, uma festa que não traz nada pra gente, é um investimento de recursos externos, do Governo do Estado e patrocínio da Enel e não nos beneficia em nada”, desabafou Quincas.
Diogo Campos é proprietário de uma loja de móveis e decorações situada no trecho interditado da Avenida Oliveira Botelho e diz que “às vezes a pessoa passa por aqui, bota a mercadoria no carro e vai embora e eles não avisam que o cliente pode entrar aqui e também não avisam com antecedência para gente se programar e pelo menos tentar explorar o evento de alguma forma, então isso é péssimo para mim, porque eles simplesmente fecham a rua e meu movimento diminui bastante”, se queixa Diogo, que revelou ainda que “o evento recebe público em um horário que a minha loja já está fechada e a rua fica fechada o dia inteiro e o pior, o evento começa na quinta-feira, termina no domingo, mas fica a semana inteira com a rua fechada e os meus clientes não podem passar por aqui, isso é muito problema para mim”, reclama o comerciante.

Comerciantes e moradores reclamam que além da interdição ao tráfego de veículos a via fica fechada antes do evento para a montagem da estrutura e depois de evento para a desmontagem, ou seja, mais de uma semana de interdição

Moradores
Suzana Brutsch é sindica do Condomínio Edifício Pax e como representante dos moradores apontou os transtornos pelos quais eles passam com a interdição. “Muito problema para gente, pois a maioria dos moradores do Alto são pessoas idosas, então isso complica muito para pegar ônibus, para entrar e sair das garagens, complica tudo e os moradores mais idosos sofrem muito com isso”, disse.
O que ficou evidente durante a nossa entrevista com os representantes dos comerciantes e moradores é que eles admitem que eventos são importantes para movimentar a cidade, porém a escolha do local foi infeliz. “Nós não somos contra o evento, nós somos contra o local escolhido para fazer o evento. Eles poderiam fazer na rua lateral, poderiam fazer na Rua atrás do Higino, ou ainda na Praça Nilo Peçanha, que venha beneficiar a toda a comunidade. Então nós somos contra o evento e sim contra o local escolhido para o evento que vem prejudicando toda a nossa comunidade e para nós comerciante que pagamos os nossos tributos não é justo, pois a gente ficar de oito a dez dias sem o acesso com a responsabilidade de pagar e mais ainda, a gente não é se quer comunicado com antecedência pela prefeitura. É uma falta de respeito com a gente”, resumiu Odenir Quincas.

Trecho da Avenida Oliveira Botelho, no Alto, fica fechado ao trânsito de veículos, com restrições de estacionamento, para estrutura da cobertura de festival

Mudanças no trânsito
Devido a segunda edição de um festival, que tem início nesta quinta-feira, 25, e será realizado até o próximo domingo, 28, no Espaço Cultural Higino e em trecho da Avenida Oliveira Botelho, no bairro do Alto, o trânsito nessa região foi modificado. Para a realização do evento, foi permitido pelo governo municipal o fechamento da principal avenida da região, acesso de quem chega via Rio de Janeiro, para montagem, execução e desmontagem do evento, a partir desta segunda-feira, 22, até o dia 29 de maio. Equipes da Guarda Civil Municipal foram deslocadas para dar suporte aos motoristas em consequência da liberação da via pública para o evento particular. Para evitar atrasos, os motoristas devem ficar atentos às alterações no trânsito: Sentido Rio de Janeiro – O motorista deve entrar na Rua Jorge Lóssio, depois na Sebastião Lacerda e descer a Rua Monsenhor Nivaldo, saindo na lateral da Igreja Santo Antônio e pegando novamente a Avenida Oliveira Botelho ou a Rua Gonçalo de Castro. Sentido Várzea – O motorista deve entrar na Rua Gonçalo de Castro à direita, sair na Rua Alfredo Rebelo Filho e seguir até a Rua Tietê e entrar novamente na Avenida Oliveira Botelho.


Edição 25/10/2024
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