O comércio local, e outros estabelecimentos que não tenham aderido à “pausa sanitária” ou “superferiado” realizado entre o final de março e começo de abril com o objetivo de tentar diminuir a escalada da Covid-19, poderão funcionar também nos três próximos feriados do calendário: 21 de Abril (Tiradentes), 23 de Abril (São Jorge) e 01 de Maio (Dia do Trabalhador). Porém, para tal, será preciso respeitar as convenções de cada categoria. Ou seja, os que optarem em atender à clientela também nessas datas precisarão pagar hora extra e garantir compensações para os funcionários que forem convocados. “Caso o comerciante queira abrir as portas terá que fazer o pagamento mínimo, que é de R$ 40, além de garantir uma folga em até 30 dias, seguindo normalmente a convenção coletiva de trabalho”, informa Igor Edelstein, Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Teresópolis. “Importante frisar que essa decisão foi construída entre sindicatos patronal e laboral, nada foi feito unilateralmente para ajudar a manutenção dos empregos no município. O comércio sofre com a queda na ordem de 60 a 70% na arrecadação”, completa.
Ele concedeu entrevista ao jornal O Diário e Diário TV para falar sobre a importância da manutenção do funcionamento naquele momento. “Acho que não é motivo para comemorar, pois a cidade passa por um momento difícil, e foi justamente isso que fez comerciários e comerciantes se unirem para vencer essa batalha contra o coronavírus. A abertura do comércio visa equalizar aquela equação entre atividade econômica e a situação da saúde, que precisa muito liberar os leitos de UTI, os leitos Covid. O comércio local, sobretudo os pequenos e microcomerciantes não possuem mais fôlego financeiro para enfrentar mais um fechamento, sem nenhuma fonte de renda. Essa abertura é um tubo de oxigênio para manter o comércio vivo. E é importante lembrar que o comércio corresponde a 32 mil empregos diretos, são famílias que dependem dele para levar o pão para casa. Repito, não é comemorar a abertura, mas reforçar as medidas sanitárias já previstas no decreto municipal, com distanciamento, uso de máscaras, álcool gel, todas as condições previstas para evitar a propagação do vírus. Se cada um de nós cumprir nossa responsabilidade, vamos sair vitoriosos dessa”, atentou, naquela ocasião, Edelstein.
Sem apoio
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Teresópolis destacou ainda que nos últimos meses a situação ficou ainda pior com o fim da redução de jornada de trabalho e auxílio pago pelo governo federal. “No ano passado nos ajudou bastante, pagando parte dos salários dos empregados, mas no atual cenário não podemos fazer demissão, não temos recursos para as demissões, então é importante que tenhamos sensibilidade para superar a crise e ultrapassar essa situação o mais breve possível”, pontuou Igor.