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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Conheça a rotina e a importância do Regimento de Polícia Montada de Teresópolis

Grupamento do município conta com 10 cavalos e 20 policiais. O Diário entrevistou o Comandante geral do RPMont

Isla Gomes

Os 10 cavalos e 20 agentes que trabalham no 2° Destacamento de Polícia Montada da Polícia Militar de Teresópolis já são parte estratégica na segurança pública do município. Inaugurada há três meses, a base do Regimento fica localizada no 7° CPA (Comando de Policiamento de Área), na Fazenda Ermitage, onde a reportagem do Diário esteve na última quinta-feira para conhecer um pouco mais sobre a utilização dos equinos nas ações policiais. Descobrimos que há várias justificativas para se usar os animais no patrulhamento diário. A principal delas é o campo de visão. Montado em um cavalo, o policial militar tem uma visão de cima sobre o que se passa ao redor dele, o que permite saber exatamente o local em que a PM deve se encontrar. A força física do cavalo também chama a atenção, pois, um animal desse porte equivale a 10 policiais militares a pé. Então a presença do cavalo já é um fator que ajuda a dispersar multidões e terminar com conflitos que estejam acontecendo nas ruas. Ele também pode ajudar o agente a ultrapassar eventuais barreiras ou estar em locais mais estreitos em que um veículo não pode passar. Além disso, por dar ao policial a visão do alto e ser um animal forte, a presença do cavalo diminui o confronto do PM com a população.

Os 10 cavalos e 20 agentes que trabalham no ll Destacamento de Polícia Montada da Polícia Militar de Teresópolis são parte estratégica na segurança pública da cidade. Foto: Isla Gomes/O Diário

Em entrevista ao Diário, o Comandante do Regimento de Polícia Montada do Rio de Janeiro contou alguns detalhes sobre o Destacamento e o objetivo principal dessa modalidade de policiamento. “Esse grupamento atende não só a Região Serrana, como também Guapimirim e Magé. Nós atendemos esses polos através do nosso Destacamento aqui de Teresópolis, deslocando os cavalos com a ajuda de uma carreta. O policiamento montando pode ser difundido para qualquer localidade, mas a Região Serrana tem uma particularidade que é ser o local ideal para acolher esse tipo de policiamento. Na Região Serrana existem muitas áreas rurais ainda, muita natureza, sem falar da proximidade da comunidade com a PM. O Regimento de Polícia Montada gera uma sensação de segurança muito grande, haja vista que o policial fica em uma posição elevada em cima do cavalo, além disso, o cavalo tem todo aquele apelo midiático também, as crianças adoram, a população se diverte. Tudo isso é fundamental e enfatiza a importância dessa modalidade de policiamento”, salienta o Tenente-Coronel Henrique Batalha.

“Eu tenho 12 anos de Polícia e para mim é como se fosse tudo novo, como se eu tivesse reaprendendo tudo juntamente com o Destacamento de Polícia Montada. Trabalhar com o cavalo é muito especial”, relata o Sargento Rocha. Foto: Isla Gomes/O Diário

Depoimento de um Policial da RPMont
O Sargento Anderson Rocha está na Polícia há 12 anos. Ele relata que ao entrar para o Destacamento de Polícia Montada e começar a trabalhar em conjunto com cavalos foi uma experiência renovadora e gratificante. “Eu me sinto muito honrado de fazer parte desse grupamento e trabalhar com esses animais. Antes eu não conhecia nada sobre cavalos, aprendi tudo no curso do Regimento de Cavalaria, serviu de muito aprendizado e experiência. Eu tenho 12 anos de Polícia e para mim é como se fosse tudo novo, como se eu tivesse reaprendendo tudo juntamente com o Destacamento de Polícia Montada. Trabalhar com o cavalo é totalmente especial para mim, um prazer imenso servir a população com o apoio desses animais”, conta.

Cavalos recebem tratamento especial de veterinários, com alimentação controlada, feno, alfafa, tudo nos seus devidos horários. Foto: Isla Gomes/O Diário

Receptividade nas ruas
O Sargento destaca ainda como os teresopolitanos reagiram ao receber no município a modalidade de ação da Polícia Montada. “A receptividade tem sido muito boa. Nós sentimos o carinho do pessoal nas ruas, principalmente das crianças e dos idosos. Além da população de Teresópolis, percebemos que os turistas também gostam muito no nosso grupamento, ficam admirados e pedem até para tirar fotos. O mais importante de tudo isso é que com três meses aqui na cidade nós já conseguimos realizar ocorrências policiais com os cavalos, isso é o mais gratificante. Acredito que essa base da cavalaria aqui em Teresópolis tende a crescer e expandir, tendo em vista a união do Comandante Batalha, junto com o Comandante do CPA, com o Regimento de Cavalaria e com a força da população, essa união de forças garante o sucesso”, conclui o Sargento Rocha.

A força física do cavalo também chama a atenção, pois, um animal desse porte equivale a 10 policiais militares a pé

Tratamento “VIP” para os “agentes de ferradura”
A Capitã Emanuele Ferreira é chefe da seção de Pessoal RPMont e nos esclareceu como os cavalos policiais são tratados na unidade. “Nossos animais são cuidados de forma diligente, oferecemos o melhor cuidado e tratamento para eles. Nossos 10 cavalos revezam no trabalho, enquanto uns folgam os outros ficam na ativa e quando eles estão de folga ficam soltos e livres na unidade. Eles recebem tratamento especial com nossos veterinários, com alimentação controlada, feno, alfafa, tudo nos seus devidos horários para não acontecer quadros de cólica. A hidratação dos nossos animais é contínua, ou seja, em resumo posso afirmar que eles são extremamente bem tradados, no intuito de estarem preparados e com o bem-estar em dia, para oferecer o melhor à população”, pontua a agente.

“O policiamento montando pode ser difundido para qualquer localidade, mas, a Região Serrana tem uma particularidade especial, que é ser um local ideal para acolher esse tipo de modalidade”, destaca o Comandante do RPMont do Rio de Janeiro. Foto: Isla Gomes/O Diário
“Nossos 10 cavalos revezam no trabalho, enquanto uns folgam os outros ficam na ativa e quando eles estão de folga ficam soltos e livres na unidade. Eles recebem tratamento especial com nossos veterinários”, conta a Capitã Emanuele Ferreira. Foto: Isla Gomes/O Diário


Edição 02/05/2024
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