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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Covid-19: Em um mês, número de casos passou de 10 para 301

No meio do caminho, várias denúncias de aglomerações e desrespeito às medidas restritivas em Teresópolis

A cada atualização do boletim diário da Secretaria Municipal de Saúde sobre a situação de Teresópolis na pandemia do novo coronavírus, a preocupação é maior: Já são 301 confirmações da Covid-19 e outros 193 pacientes aguardam o resultado de exames encaminhados para o Lacen, laboratório no Rio de Janeiro credenciado pelo Ministério da Saúde. São seis mortes confirmadas e outras cinco investigadas, com 40 pacientes internados, sendo 12 em estado grave. Analisando o mesmo documento divulgado pelo Gabinete de Crise da prefeitura exatamente um mês atrás, mais um grande motivo para se preocupar. Em 07 de abril, eram apenas 10 casos confirmados, 31 suspeitos, três internações e nenhuma morte registrada. No meio do caminho desse inquietante quadro, várias denúncias de aglomerações em espaços públicos, estabelecimentos comerciais ou festinhas em residências. Só para se ter uma ideia de como o teresopolitano está demorando para compreender a gravidade da situação, e como essa irresponsabilidade pode complicar ainda mais o que já é muito ruim, no dia 23 de abril O Diário publicou reportagem com o título “Quarentena continua pela metade em Teresópolis”. A matéria teve como base a denúncia de um comerciante, proprietário de loja no terminal rodoviário, que havia divulgado vídeo indignado com a situação registrada na região central do município.
“Não estou entendendo essa quarentena. Dei uma passada na Várzea agora e vi que a maioria lojas está em meia porta aberta e monte gente entrando e saindo. Agora, se eu abrir minha loja vou tomar multa?  Posso abrir meia porta? Tem fiscalização?  Várias pessoas ficam na porta atendendo, sem fiscalização, está complicado, pois  continua a aglomeração. Queria uma resposta da prefeitura. Não estou trabalhando, estou com a loja fechada, o delivery não vende nada. Aí passo aqui no Centro e vejo todo mundo na porta da loja, cliente negociando, em tudo quanto é lugar. Isso está sendo desleal com é do mesmo ramo de segmento. Se você precisa dinheiro, todo mundo precisa. É todo mundo fechado, é todo mundo fechado. Tem que tomar fiscalização ou então libera para todo mundo abrir. Trabalhar igual bandido não quero não”, questionou Luciano Cardinot.
O vídeo teve bastante repercussão, com outros internautas relatando casos parecidos. E não é somente o comerciante Luciano quem cobrava uma decisão da PMT em relação à fiscalização ou flexibilização das regras, visto que estava se mostrando ineficiente em fazer cumprir o que ela mesma havia determinado. Na ocasião, o proprietário de um bar na Várzea, que prefere não ser identificado, relatou a O Diário que não sabia que fazer para pagar o aluguel e funcionários e, por outro lado, diariamente via estabelecimentos semelhantes funcionando em postos de gasolina, com grande movimentação de pessoas. “Como assim? Isso pode? Na terça-feira tinha até gente tocando violão para um grupo em um bar desses de posto. É uma piada essa fiscalização da prefeitura”, enfatiza.

Denúncias
Na mesma reportagem, mostramos que um teresopolitano, indignado com a situação do município naquele momento, havia criado uma página na rede social Instagram intitulada “vaciloucoronapegou”, onde apontava o desrespeito frequente às regras criadas com objetivo de diminuir a curva de contaminação da doença. De lá para cá, muitas outras denúncias surgiram. Aglomerações na Praça Olímpica Luís de Camões, na Várzea, no Bairro de São Pedro, Fátima, Fonte Santa e até uma festinha em condomínio de alto luxo com a presença de grande número de pessoas, entre elas um médico – profissional que deveria estar na linha de frente e não contribuindo com o aumento do risco de contaminação da Covid-19.
Comentando uma publicação sobre a escalada da doença no município na página do Diário no Facebook, a internauta Erica Costa pontuou brilhantemente a situação. “Mês de março e abril muitas pessoas aqui não quiseram respeitar o isolamento. Agora estamos vivenciando o que fizeram nesses meses passados. Eu trabalho na área da saúde, saio de casa porque sou responsável com a minha profissão e as vidas que me são confiadas, porque do contrário nem a face na janela colocaria. E vi muitas pessoas brincando, duvidando e ate mesmo zombando desse tipo de acontecimento. Agora vivemos a dúvida, o descaso da população teresopolitana e a zombaria que foi vivida nos meses passados. Comércio fechado e a cidade cheia de pessoas nas ruas. É o que vi. Aí eu te pergunto, fazendo o que? E eu te respondo. Fazendo o Covid-19 circular”.

 

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Edição 23/11/2024
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