Dados da Secretaria Municipal de Saúde, divulgados através do Gabinete de Crise da Prefeitura, indicam que o mês de janeiro foi o que registrou maior número de novos casos da Covid-19 no município desde o início da pandemia. Entre os dias 1º e 31, 3.724 foram pessoas foram regittradas pela SMS, com 64 mortes. Até então, dezembro tinha sido o mês com mais casos, sendo anotadas 2.801 ocorrências e 50 óbitos em consequência da doença. Anteriormente, agosto tinha sido motivo de preocupação, com 2126 novos casos.
Também de acordo com os dados divulgados pelo governo municipal, Teresópolis já registrou 16.808 casos do novo coronavírus, sendo 4.436 ainda ativos, ou seja, com possibilidade de continuar espalhando a doença. Em relação à letalidade,329 teresopolitanos perderam a batalha contra o vírus. A lista de recuperados tem 12.043 nomes e o bairro com mais casos continua sendo o populoso São Pedro, com 1.728 notificações.
Na última sexta-feira, a reportagem do jornal O DIÁRIO e DIÁRIO TV divulgou a informação que o setor de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria Municipal de Saúde, está investigando dois casos suspeitos de reinfecção pela Covid-19 em moradores do município. De acordo com a Assessoria de Comunicação da PMT, “os dois casos seguem em investigação, não sendo confirmados até o momento”. Não foram informados mais dados sobre os pacientes. Ocorrências de pessoas que já tiveram o novo coronavírus e voltaram a ser infectadas já foram registradas em outros lugares do Brasil. Na Bahia, por exemplo, uma paciente de 45 anos foi contaminada em maio e novamente em outubro, com confirmação por meio de teste laboratorial RT-PCR. Nas duas situações, ela não apresentou evolução para quadros mais graves.
Atenção redobrada
A Dra. Edneia Martuchelli, subsecretária de Atenção Básica de Saúde de Teresópolis, reforça que é preciso manter atenção nas medidas sanitárias previstas para evitar a contaminação pela Covid-19, mesmo se a pessoa já tiver passado pela infecção. “O fato de ter tido a doença não é motivo para relaxar e não seguir à risca as recomendações para evitar o contágio. A rotina de cuidados não deve mudar e, inclusive, ficar ainda maior. Ainda não há evidências científicas mostrando que quem contraiu a Covid-19 não vai contrair novamente. Além disso, por ser uma doença nova os efeitos a médio e longo prazo ainda são totalmente desconhecidos, assim quem teve pode apresentar eventuais complicações. Então é preciso continuar com as regras de ouro no cuidado de prevenção. É necessário que nenhum de nós relaxe, devemos continuar nos prevenindo e seguindo as medidas gerais de usar máscara, higienizar as mãos e evitar aglomerações. Isso é essencial e deve continuar sendo feito mesmo por quem já foi infectado”, enfatiza a Médica. “Não se pode trabalhar com sorte ou com a ideia de ‘isso não vai acontecer comigo’ como alguns dizem”, completa.
