Com o aumento no número de casos de COVID-19 em Teresópolis, acendeu-se o sinal vermelho no município que tem que lidar com altos índices de ocupação de leitos nas unidades de terapia intensiva (UTIs) vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS) desde o final de 2020. Além do aumento exponencial no número de contaminados (mais 5 mil ativos de um total de mais de 18 mil), a situação de leitos pode ser considerada crítica de acordo com os dados informados pela Secretaria Municipal de Saúde, pois novamente chegou-se a lotação máxima com os 41 leitos de UTI ocupados.
Os pacientes que precisarem de leitos de UTI não ficarão sem atendimento, já que Teresópolis faz parte da regulação estadual do SUS e os pacientes serão encaminhados para a cidade mais próxima com disponibilidade de vaga.
Para se ter uma ideia de como a situação evoluiu negativamente em pouco tempo em Teresópolis, em 20 de janeiro a prefeitura de Teresópolis anunciou a contratação de dez leitos adicionais no Hospital São José, justamente porque a lotação máxima persistia desde o final de 2020. Menos de um mês depois, a ocupação chegou a 100% novamente. Desses 41 pacientes graves, 16 estão intubados. De acordo com a OMS, quando se chega a 80% de ocupação é necessário que os governos tomem medidas mais duras para conter a pandemia. Há lugares em que esse limite é menor e já começa a partir dos 70%.
O município já conta com equipamento para fornecer em caso de necessidade de abertura de mais leitos de UTI, pois no começo deste mês chegaram 20 respiradores enviados pelo governo federal, sendo metade deles direcionados para o HSJ.
Para essa ampliação, existe uma dificuldade enfrentada pelos hospitais que é a disponibilidade de equipe médica, especialmente intensivistas para acompanhamento a pacientes de UTI.
Em agosto de 2020 Teresópolis recebeu dois ventiladores pulmonares de UTI e mais 2 ventiladores pulmonares de transporte, utilizados no enfrentamento à COVID-19 e pós-pandemia também, equipando ainda mais os leitos hospitalares. A oferta foi feita pelo Governo Federal, através da indicação do deputado federal Sóstenes Cavalcante. Em julho de 2020, outros 10 foram doados ao município, pelo então prefeito do Rio, Marcelo Crivella.
Em nota encaminhada à imprensa informando a abertura dos novos leitos, a prefeitura destacou que faria ainda a ampliação do Programa Estratégico de Testagem, com novos locais de atendimento à população, na cidade e no interior e a fiscalização dos estabelecimentos comerciais para evitar a disseminação do coronavírus, entre outras medidas.
Ao mesmo tempo em que é indispensável e urgente que o poder público aja, é fundamental que a população faça sua parte para diminuir a propagação da Covid-19, usando máscara de proteção, higienizando as mãos com frequência, cumprindo o distanciamento e o isolamento social e evitando aglomerações.