Marcello Medeiros
A Prefeitura de Teresópolis começou a realizar a repescagem da primeira dose da vacina contra a Covid-19 para todas as faixas etárias até 18 anos de idade, com e sem comorbidade. A imunização está sendo realizada no sistema drive-thru (dentro do carro), na cidade e interior, nesta terça, 24, quarta, 25, e quinta-feira, 26. O atendimento será feito das 9h às 15h, com 1.500 doses. A distribuição de senhas será a seguinte em cada local: 100 doses na Secretaria Municipal de Saúde (Rua Julio, Rosa, 366, Tijuca); 300 em Bonsucesso (em frente à Unidade Básica de Saúde); e 200 em Bonsucesso (em frente ao Posto de Saúde). A vacinação será feita mediante apresentação dos documentos a seguir: identidade (RG ou CPF), cartão SUS (caso possua) e comprovante de residência em Teresópolis.
Ainda nos dias 24, 25 e 26 de agosto, continua a aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid-19. A imunização será para pessoas com estas datas indicadas no cartão de vacinação ou com o período já vencido. O atendimento ocorre das 9h às 15h nos mesmos locais. Para completar a imunização é preciso apresentar estes documentos: documento oficial com foto e comprovante da primeira dose em Teresópolis. Nesta segunda-feira, a reportagem do jornal O Diário e Diário TV esteve na Secretaria Municipal de Saúde e conversou com a subsecretária da pasta, Edneia Martuchelli. Ela falou sobre a importância de a população comparecer para a repescagem e para a segunda dose, além de adiantar a previsão para iniciar o atendimento ao público entre 17 e 12 anos. “Caso tenha vacina, o novo calendário, para os adolescentes de 17 a 12 anos, começa já na próxima sexta-feira. É muito importante a imunização desse público, devido à transmissão. Estamos só esperando receber vacina para seguir o calendário”, explicou.
Ainda na entrevista concedida à repórter Paola Oliveira, Edneia reforçou o pedido para a população procurar os três locais de atendimento para receber a imunização. “A segunda dose tem efeito amplificador da primeira dose, aumenta a potência de resposta da imunização, dos anticorpos, da resposta ao vírus e proteção ao organismo. É muito importante ficar com o ciclo completo de imunização. Estamos disponibilizando as vacinas para todo esse público”, frisou.
Ainda sobre o tema, em nota encaminhada para nossa redação nesta segunda-feira, a prefeitura informou “que ainda não há dados relativos à média de pessoas com atraso na segunda dose da vacina contra a Covid-19. O motivo são os atuais esforços de digitação realizados por voluntários da Secretaria Municipal de Saúde, no Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso)”.
Atraso no país
No Brasil, cerca de 8,5 milhões de pessoas estão atrasadas para tomar a segunda dose de imunizantes contra a Covid-19, revela levantamento feito pelo Ministério da Saúde, que alerta para os riscos das pessoas não completarem o ciclo vacinal. Conforme os dados mais recentes do painel de vacinação do ministério, 53,2 milhões de pessoas tomaram a segunda dose. O número de atrasados corresponde a 16% dos brasileiros que completaram o ciclo. Na avaliação por estados, os que têm mais pessoas em atraso são, na ordem, São Paulo, com 1,69 milhão; Rio de Janeiro, com 1,06 milhão; e Minas Gerais, com 1,02 milhão. Especialistas e autoridades do setor de saúde consideram fundamental a conclusão do ciclo vacinal, uma vez que apenas a primeira dose de imunizante não garante proteção adequada contra o vírus, especialmente com a disseminação da variante Delta. Um estudo de feito por instituições de pesquisa e universidades inglesas, publicado no periódico científico New England Journal of Medicine no dia 12 deste mês, trata da eficácia de vacinas contra as variantes Alfa e Delta. Segundo a publicação, a eficácia da vacina da AstraZeneca na variante Alfa foi de 48,7% com a primeira dose e de 74,5%. com a segunda. Já, quando analisada a dinâmica do imunizante com a variante Delta, a eficácia foi de 30% com a primeira dose e de 67%, com a segunda. Para a vacina da Pfizer/BioNTech, os índices de eficácia para a variante Alfa foram de 47,5% na primeira dose e de 93,7%, com a segunda. Nos casos de infecção com a variante Delta, os percentuais atingiram 35,6% com a primeira dose e 88%, com a segunda. “Diferenças absolutas na eficácia das vacinas foram mais marcadas após a primeira dose. Essa conclusão vai ao encontro dos esforços para maximizar o avanço da vacinação com duas doses entre populações vulneráveis”, concluem os autores do estudo.