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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Crime de intolerância religiosa denunciado em Teresópolis

‘Você vai para o inferno’, teria dito ainda a autora de crime que está sendo investigado pela 110ª Delegacia de Polícia

Registrado para ser melhor apurado pelo Setor de Investigações da 110ª Delegacia de Polícia mais um crime de intolerância religiosa em Teresópolis. A vítima é uma mulher que segue uma religião de matriz africana e relatou ter sido ofendida e agredida por estar realizando uma oferenda religiosa em uma encruzilhada do município. A apontada autora é outra mulher, que segundo os autos a atacou com expressões de cunho intolerante e discriminatório, dizendo que ‘ela iria para o inferno’. Questionada sobre o crime cometido, a acusada não teria aceitado o diálogo e partido para cima da outra, a empurrando violentamente. A vítima relata ter sofrido lesões na cabeça e uma das mãos, precisando de atendimento na UPA.
Pelo fato de o delito ter sido foi claramente de cunho religioso, tendo a autora demonstrado desprezo pela fé professada pela moradora de Teresópolis, ela representou criminalmente contra a agressora. O crime de intolerância religiosa é a prática de atos como discriminar, incitar preconceito, escarnecer ou perturbar a prática de cultos religiosos. A legislação brasileira tipifica a intolerância religiosa como uma forma de racismo, conforme a Lei nº 7.716/1989 (Lei Caó). As punições variam, podendo ser de um a três anos de reclusão e multa, com aumento de pena se houver violência. 

Teresópolis tem patrulha específica
O Estado Brasileiro é laico, ou seja, não tem religião. A liberdade religiosa é um dos direitos fundamentais da humanidade, como afirma a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Todavia, muitas vezes o preconceito existe e se manifesta pela humilhação imposta àquele que é diferente. Neste âmbito, surge um projeto inédito no país na área de segurança pública, o programa de proteção à liberdade de religião “Patrulha da Diversidade Religiosa” da PMERJ foi empregado em Teresópolis há cerca de três anos.
A ideia inicial surgiu no município em forma de reação da pedagoga e capelã Lilian Duarte, que, por várias vezes, sofreu violência e preconceito religioso, inclusive tendo seu local de culto vandalizado em Teresópolis. Lilian apresentou o projeto da iniciativa às autoridades e assim teve início este movimento que está em plena expansão, chegando a todo estado. Desta forma, cumprindo a missão de proteger o que determina o artigo 5º da Constituição que garante o direito fundamental à liberdade religiosa, mediante o projeto da capelã, o comando do 30º Batalhão de Polícia Militar formou o programa que conta com uma equipe treinada e orientada para atender ocorrências envolvendo a intolerância e a violência desferida por extremistas religiosos. Para denunciar crimes do tipo, a vítima pode entrar em contato com o número da patrulha religiosa funcional da PM, que é o (21) 96881-7927, ou diretamente aos números do quartel local, 190 e 2742-7755.

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Edição 30/10/2025
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