Wanderley Peres
No último sábado, 15, a Academia Teresopolitana de Letras realizou assembleia geral para a eleição da diretoria do biênio 2024/2026. Por unanimidade foi eleito o acadêmico Delmo Geraldo Ferreira, tendo como vice o também Acadêmico Paulo Paranhos, ocupantes das cadeiras 8 e 34, patronímicas de Coelho Neto e padre Antônio Vieira.
É a quinta vez que o escritor Delmo Ferreira vai presidir a ATL, e já compôs sua diretoria: – Será uma diretoria vibrante, empreendedora e com projetos que atravessam os limites do município de Teresópolis, como o IV Concurso de Poesia “O Poeta Resiste”, que no ano passado recebeu inscrições de quase todos os estados do Brasil. Faremos parcerias com outras instituições, visando atrair para Teresópolis o foco das atenções do mundo cultural do Estado do Rio, e levar a Cultura para além dos salões e auditórios, fazendo com que ela possa chegar a todos os bairros e localidades da cidade”, anunciou, com ânimo, confirmando a posse da nova Diretoria para o dia 13 de julho próximo, a partir de 19h, na Casa de Cultura Adolpho Bloch, quando ocorrerá “uma noite de poesia, música e muita alegria, para a apresentação dos projetos do próximo biênio”.
Criada por Artur Dalmasso, seu primeiro presidente, e seus primeiros diretores Oswaldo Pereira, Deraldo Portela, Rubens Tavares, José Sitônio, José Vallin, Ieda Guaraná, Amador Cisneiros, Manoel Peres e Alfredo Timbira de Carvalho, com a finalidade de congregar escritores, poetas, e intelectuais, promovendo a difusão das artes e da cultura, e ampliando o gosto pela literatura, a ATL tem como patrono Joaquim José da Silva Xavier. Exponencial figura da Inconfidência Mineira e visitante ilustre de nossa cidade, quando a procura de caminhos que serviam para escoar o tráfico de ouro e pedras preciosas de Minas Gerais, Tiradentes pernoitava na Hospedaria de Três Córregos, construção que restou em escombros no ano de 1968, quando foi insensivelmente derrubada para a passagem da Rio-Bahia.
Intelectuais de renome, entre outros Waldemar Lopes e Oliveira e Silva, também conduziram os destinos da Academia Teresopolitana de Letras nesses 63 anos de profícua existência. Atualmente a preside a professora Claudia Coelho, dando continuidade ao trabalho dos presidentes Luiz Cataldi, Deraldo Portela, Abeylard Pereira, João Oscar, Togo de Barros, Vieia de Mello, Ruyz Athayde, Jim Barbosa, Edson Amaral, Edymilson Perdigão, Milton Steimbruch, Paulo Paranhos, Maria Helena Fonseca, Jorge Ferradeira, Jorge Bragança, Jorge Dodaro e Delmo Ferreira.
Mais de meio século depois de criada, a Academia Teresopolitana de Letras continua contribuindo com o enriquecimento cultural da cidade, protagonizando outros tantos eventos. Organizou seis antologias de contos, crônicas e poesias, onde seus membros puderam deixar gravadas suas produções intelectuais, realizou concursos literários, séries de conferências, organizou exibições de filmes, conduziu passeios culturais, e levou os acadêmicos às escolas municipais para pregar a cultura, e especialmente ensinar sobre a literatura para os mais jovens.
Entidade que reconhece a importância daqueles que contribuem com a cultura local, a ATL homenageia todo ano duas personalidades que tenham se destacado nas artes e na cultura em nosso município. Honrarias cobiçadas, o troféu Tiradentes e a comenda Arthur Dalmasso fizeram justiça a vários feitos de não membros, valorizando ações, este ano homenageando personagens de destaque.
A Academia Teresopolitana de Letras tem 40 cadeiras, número similar ao da Academia Brasileira de Letras, e comporta ainda sem número de membros correspondentes, antigos membros que se mudaram da cidade, ou que são aceitos na entidade como colaboradores.
