Wanderley Peres
A noite de sábado foi de posse na Academia Teresopolitana de Letras, reconduzindo ao cargo de presidente o acadêmico Delmo Ferreira, que já ocupou a presidência em outros quatro biênios, dando continuidade ao trabalho dos presidentes Luiz Cataldi, Deraldo Portela, Abeylard Pereira, João Oscar, Togo de Barros, Vieia de Mello, Ruyz Athayde, Jim Barbosa, Edson Amaral, Edymilson Perdigão, Milton Steimbruch, Paulo Paranhos, Maria Helena Fonseca, Jorge Ferradeira, Jorge Bragança, Jorge Dodaro e Cláudia Coelho.
Com a presença dos vice-presidente Paulo Paranhos, da presidente Cláudia Coelho, que transmitiu o cargo, e dos acadêmicos Edinar Corradini, Mariana Mouta, Marcelo Pelegrino, Gustavo Lucena, Ozair Furtado, Jorge Ferradeira, Andrea Viviana Taubman, Rozelene Furtado, Paulo José, Waldair Queiroz, Maria Helena Lisboa, Antônio Carlos, Ana Maria de Andrade, Renata Castro, Ronaldo Fialho, Miguel Freire, Clara Waisman e Wanderley Peres, todos convocados a participar, de alguma forma, da nova diretoria da entidade, como inventou em surpresa o presidente Delmo, a festa foi abrilhantada com a participação, ao final, do excelente coral Quilombo da Serra, interpretando músicas de Gilberto Gil, Nei Lopes e Milton Nascimento, e ainda homenagem especial ao presidente, pelo jornalista Márcio Ferreira.
Criada por Artur Dalmasso, seu primeiro presidente, e seus primeiros diretores Oswaldo Pereira, Deraldo Portela, Rubens Tavares, José Sitônio, José Vallin, Ieda Guaraná, Amador Cisneiros, Manoel Peres e Alfredo Timbira de Carvalho, com a finalidade de congregar escritores, poetas, e intelectuais, promovendo a difusão das artes e da cultura, e ampliando o gosto pela literatura, a ATL tem como patrono Joaquim José da Silva Xavier. Exponencial figura da Inconfidência Mineira e visitante ilustre de nossa cidade, quando a procura de caminhos que serviam para escoar o tráfico de ouro e pedras preciosas de Minas Gerais, Tiradentes pernoitava na Hospedaria de Três Córregos, construção já em escombros e que seria derrubada ainda naquela década, em 1968.
Ao longo destes mais de 60 anos, a história da Academia Teresopolitana de Letras contribuiu com diversas programações culturais realizadas na cidade, e protagonizou outros tantos eventos. Organizou várias antologias com contos, crônicas e poesias de seus membros para incentivar a leitura, realizou concursos literários, séries de conferências, organizou exibições de filmes, conduziu passeios culturais, e levou os acadêmicos às escolas municipais para pregar a cultura, e especialmente de literatura para os mais jovens.
Entidade que reconhece a importância daqueles que contribuem com a cultura local, a ATL homenageia todo ano duas personalidades que tenham se destacado nas artes e na cultura em nosso município. Honrarias cobiçadas, o troféu Tiradentes e a comenda Arthur Dalmasso fizeram justiça a vários feitos de não membros, valorizando ações.
A Academia Teresopolitana de Letras tem 40 cadeiras, número similar ao da ABL, e comporta ainda sem número de membros correspondentes, antigos membros que se mudaram da cidade, ou que são aceitos na entidade como colaboradores.