O verão pode ser um período maravilhoso para quem gosta de relaxar com a família, curtir a praia e outras atividades ao ar livre. Contudo, para a pele, a estação não é tão agradável assim. O contato com a água do mar e as altas temperaturas, por exemplo, podem deixá-la com uma aparência ruim ou, até mesmo, causar doenças. Pensando nisso, a dermatologista do Hospital São José, Dr.ª Nathália Feital, falou um pouco sobre os cuidados diários que devemos ter com a pele neste período do ano. A médica começou ressaltando que mesmo nos dias nublados ou embaixo das barracas de praia é importante passar protetor solar e se proteger do sol, pois os raios ultravioletas podem atravessar as nuvens e causar queimaduras, manchas indesejadas e até câncer de pele.
“O filtro solar deve ser reaplicado a cada duas ou três horas ou logo depois de se molhar. O fator de proteção solar (FPS) adequado está muito relacionado à cor da pele. Pessoas de pele mais clara se queimam mais facilmente, por isso, precisam de FPS 30, no mínimo. Já as pessoas de pele mais escura podem usar um FPS mais baixo, porém também possuem a necessidade de proteção, pois têm riscos de apresentar manchas hiper pigmentadas na pele após a queimadura solar”, explicou Nathália.
Se a pessoa já se expôs demais ao sol e apresenta queimaduras solares, a doutora recomenda a utilização de água termal e bons hidratantes, preferencialmente os sem aroma e com a presença de substâncias calmantes, como o aloe vera. Além disso, é importante aumentar a ingestão de água neste período, evitar banhos quentes e não tentar acelerar o processo de descamação puxando a pele. A médica faz ainda um outro alerta: “É fundamental que a pessoa não exponha a pele sensível ao sol. Espere a recuperação total dela para uma nova exposição solar. Além disso, caso a pessoa com queimaduras comece a apresentar calafrios, febre persistente e queda de estado em geral, é importante buscar a ajuda de um médico o mais rápido possível”, pontua.
Sobre os bronzeadores, a dermatologista conta que são produtos que podem causar riscos à saúde, já que estão deixando a pele mais vulnerável à ação do sol. Por isso, é um cosmético que precisa ser utilizado com considerações. Além disso, eles possuem uma consistência mais oleosa, o que contribui para o aparecimento de acnes e cravos. “Do ponto de vista médico, não é um produto recomendado, pois, ao permitir mais a radiação, faz com que o corpo tenha a pele envelhecida mais rapidamente. Seus prejuízos podem ser vistos a longo prazo”, contou a doutora.
Doenças de pele
A combinação de sol, areia, praia, piscina e excesso de suor também elevam o risco de algumas doenças da pele, que encontram o cenário perfeito para se desenvolver. Entre as mais comuns estão: micoses, brotoejas, manchas, sardas e acne. “Ninguém está livre delas, sejam crianças, jovens, adultos ou idosos. Para evitá-las, use roupas leves e soltas, não frequente locais muito abafados e mantenha os hábitos de higiene – como secar-se bem após o banho em locais públicos. Evite também a exposição solar entre 10 e 16 horas”, finalizou Nathália Feital.
