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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Diminui o número de roubos em Teresópolis

Primeiros meses com menos assaltos em relação a 2021, mas com mais casos de furto

Dados do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, com informações coletadas nas delegacias de cada município, mostram uma redução do número de roubos em Teresópolis nos primeiros quatro meses do ano. Segundo o ISP, entre janeiro e abril de 2021 foram registrados na 110ª DP 23 ocorrências relacionadas a assaltos, enquanto que no mesmo período de 2022 esse número foi de apenas 11 notificações. Entre os mais comuns, casos de pilhagem de telefone celular, com quatro anotações este ano. No mesmo período, porém, foi maior em 2022 o número de casos de furto. A diferença entre roubo e furto é que, na primeira situação, existe alguma ação que implique contra a vida da vítima – a utilização de uma arma de fogo, arma branca ou simples ameaça, por exemplo. Na segunda, o ladrão se apropria do objeto sem que a pessoa perceba. Nos quatro primeiros meses deste ano, foram anotados na delegacia local 262 ocorrências de furto, contra 186 do mesmo período do ciclo anterior. Em relação aos furtos, os celulares também são os alvos preferidos dos bandidos.
A redução do número de assaltos, portanto de casos com maior violência, pode ter ligação com o reforço no patrulhamento das ruas do município, com efetivo do 30º Batalhão de Polícia Militar e mais recentemente equipes do Segurança Presente atuando nas vias centrais ou turísticas no período diurno. Em todo o Estado do Rio de Janeiro também se percebe uma redução do número de roubos de rua, que inclui roubo a transeunte, roubo de aparelho celular e roubo em coletivo. Segundo o Instituto de Segurança Pública, foram 19.348 casos no primeiro quadrimestre do ano de 2022 e 4.849 em abril – este foi o menor valor para o acumulado desde 2005. Na comparação com 2021, o indicador registrou redução de 21% em relação ao acumulado do ano e redução de 10% em relação ao mês.

Estelionatários em ação
Levantamento realizado pelo ISP aponta um crescimento preocupante no número de crimes de estelionato em Teresópolis. Essa alta tem sido gradativa e constante, porém o salto dos primeiros três meses do ano causa certa perplexidade. Comparando com o mesmo período de 2021, de janeiro a março de 2022 foram registrados 288 crimes enquadrados no artigo 171 do Código Penal Brasileiro, o que representa um acréscimo de 227,3% ante os 88 casos dos três primeiros meses do ano passado. De acordo com os dados do estudo constantemente realizado pelo ISP, onde estão concentrados todos os registros de ocorrências criminais no território do Estado do Rio de Janeiro, o estelionato está entre os cinco crimes mais cometidos na cidade. Outros fatores relevantes e que merecem atenção, é que a disseminação das novas tecnologias de comunicação, sobretudo entre a população mais idosa, além do longo período de pandemia que levou ao isolamento social, obrigando a população a realizar mais transações financeiras via aplicativos em aparelhos móveis, ofereceram aos fraudadores um amplo e fértil campo de atuação para cometerem os chamados crimes de engenharia social.
Por isso é importante alertar à população sobre a crescente onda de estelionatos praticados em Teresópolis, já que enquanto em todo ano passados tivemos 560 registros deste tipo de crime na 110ª DP, só nos três primeiros meses deste ano já temos 288 casos, mais do que a metade do total de casos de 2021, que se mantiver a tendência pode ser superado até o fim do ano. Se compararmos isoladamente o mês de março o avanço é ainda mais impressionante, de 2021 para 2022 houve uma elevação de 362,5%.
A vulnerabilidade da população não é causada só por desatenção ou falta de cuidado com a segurança em transações financeiras na internet, é também por que os golpistas se multiplicam a cada dia e a variedade de mecanismos que viabilizam golpes, acabam dificultando cada vez mais o trabalho da polícia para combater esses crimes. Os golpes que eram mais praticados pessoalmente, onde o criminoso atuava diante da vítima, atualmente são praticados com mais frequência nas redes sociais ou nos aplicativos de mensagens como o Instagram, Facebook ou whatsapp e geralmente onde o estelionatário não se revela.

Edição 23/11/2024
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