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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Diversos bairros reclamam de falta d´água em Teresópolis

Moradores da Granja Guarani relatam que estão há oito dias sem abastecimento

Desde o início da pandemia da Covid-19, muito tem se falado da importância em manter a higiene em dia. Mas, como realizar importante ato se a caixa d´água está vazia? Essa é a situação de moradores de diversos bairros de Teresópolis, que nos últimos dias têm relatado o desabastecimento. Na Granja Guarani, por exemplo, nesta quarta-feira, 25, populares relataram à reportagem do jornal O Diário e Diário TV que estavam há oito dias sem receber uma gota d´água da Cedae. A empresa, por sua vez, teria deixado os contribuintes sem uma resposta adequada em relação ao retorno do serviço. “É só protocolo e mais protocolo, enquanto as contas com valores altíssimos não param de chegar”, relatou uma moradora da Granja. Entramos em contato com a Assessoria de Comunicação da Companhia Estadual de Águas e Esgotos para tentar entender o que está ocorrendo no município, visto que outras comunidades relatam a mesma situação. Porém, não obtivemos nenhum tipo de resposta até o fechamento desta edição.
Além dos pedidos de ajuda encaminhados diretamente para a nossa redação, leitores e telespectadores têm realizado apelos através das redes sociais do Diário. Veja alguns comentários postados no Facebook, durante a exibição do programa “Rafaella Pedra”, da Diário TV: “A Granja Guarani está sem água desde sábado! Os caminhões pipa abastecem quem? É pra quem paga mais? A Cedae já tirou o dela da reta dizendo que não tem problema de abastecimento… Várias ligações, vários protocolos e nada se resolve!”, pontuou Tayane Queiroz. “A Cedae deixa a desejar muito no fornecimento de água, já ficamos uma semana sem abastecimento de água, tive que fazer um poço para não ficar sem água”, comentou Lucas Lage. “Ontem na Pedreira o dia todo sem água e só voltou à noite”, disse o internauta David Almeida. “Na minha casa, na Granja Florestal , quando cai água é só à noite e muito pouco”, relatou Marilza Corrente. “Pimentel desde o começo da semana sem água. A gente liga, liga, liga e a Cedae só sabe dizer que não tem problema”, desabafou Priscilla Tornella. “Bairro do Alto sem água”, gritou Maria Marta.

Sistema antigo e sobrecarregado
Há alguns poucos anos, visitamos as estações da Cedae para registrar como funciona o serviço e qual a capacidade de captação, tratamento e distribuição do bem mais precioso e cada vez mais raro que possuímos – e ainda assim tratamos como nunca fosse acabar. O principal sistema de abastecimento do município – responsável por 95% do atendimento – fica em Providência, no Segundo Distrito, ao lado da foz do Paquequer. Mas não é do nosso principal rio que vem a água que chega às residências e estabelecimentos comerciais. A captação é feita no curso d´água ao lado, o Rio Preto. A estação desvia parte do líquido para um desarenador, que, como diz o nome, retém as partículas de areia. Nesse ponto também há gradeamento para evitar que galhos de árvore e outros materiais sejam levados até a elevatória. Em seguida, um conjunto de moto-bombas empurra a água, em um ritmo de 435 litros por segundo, para a localidade de Três Córregos. “Pegamos a água bruta, ainda suja, e enviamos para a estação de tratamento, que fica a 14 quilômetros daqui. São quatro motores, sendo que três são utilizados 24 horas por dia e o outro fica como reserva”, explicou, na ocasião, Wilson Vianna, então responsável pelo Departamento Técnico Operacional de Teresópolis e outros 12 municípios.
E é nas proximidades do KM 71 da Rio-Bahia que acontece uma das principais etapas do processo, o tratamento da água que será distribuída aos teresopolitanos. Na ETA, o líquido chega a um grande tanque. Em seguida, vai para um sistema chamado floculação, canais onde a velocidade da água é reduzida e ela recebe sulfato de alumínio líquido, que serve para desestabilizar as partículas de sujeira. A próxima etapa são os grandes tanques de decantação, onde fica tempo necessário para a sujeira ir para o fundo. “Depois a água vai para os filtros, passando por processo de desinfecção – cloração, alcalinização e fluoretação. É o tratamento fundamental para garantir uma água de qualidade, sendo nosso serviço referência há bastante tempo”, relatou também Wilson.
Após o tratamento concluído a água é bombeada por mais seis quilômetros, ficando em reservatório no bairro da Prata com capacidade para seis milhões de litros. Dali, é distribuída para praticamente toda a cidade através de elevatórias em vários pontos. Outro grande reservatório fica na região do Meudon, o do Sistema Jacarandá, com dois milhões de litros d´água. O município conta ainda com mananciais de superfície, como Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Rio Beija-Flor), Penintentes, Parque Ingá e Cascata dos Amores. Porém, eles atendem a apenas 5% do município e, em épocas de estiagem, esses bairros podem ser atendidos pelo Rio Preto. Um dos grandes espelhos d´água mantido pela Cedae foi desativado em 2011, após toda a situação que envolveu a Tragédia, o do Triunfo, no Caleme.
 

 

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