Wanderley Peres
Já vai para meio milhão de reais o valor declarado pela Prefeitura Municipal no portal da Transparência referente ao aluguel de containeres para atender, emergencialmente, a Feirinha do Alto. Só em 2023, a Prefeitura gastou R$ 313 mil com a empresa MultiTeiner Comércio e Locação de Conteineres. Em 2024, já foram mais R$ 77 mil, e um novo contrato foi publicado em Diário Oficial, na última semana, com mais R$ 54,400 mil de aluguel, chegando a R$ 430 mil o desperdício de dinheiro público por conta do atraso da obra de reforma da Feirinha do Alto, que era para dura seis meses e já leva quase dois anos.
Em breve pesquisa na internet sobre quanto custa um conteiner, se percebe que o valor já pago pelo aluguel seria suficiente para a Prefeitura de Teresópolis ter comprado os trambolhos ao invés de alugar, patrimônio que serviria para outras atividades do governo que não programou direito, não organizou os eventos que compõem uma obra pública, criando o atraso da entrega da obra um gasto desnecessário, e provocando prejuízos individuais aos feirantes e suas famílias, em prejuízo da economia local, que depende do movimento do ponto de atração turística.
A incompetência da Prefeitura não vem sendo ignorada pelo DIÁRIO. Desde novembro de 2022 que o jornal vem reclamando dos atrasos da reforma, divulgando, em seguida, as diversas promessas da Prefeitura, para a inauguração da Nova Feirinha de Teresópolis, que era para ser um presente do governador à cidade e se transformou num pesadelo para aqueles que têm a obrigação de defender o indefensável: a inexplicável demora da reforma.
Ao justificar a locação dos containeres assim que eles foram colocados na praça – porque quando chove os clientes ficavam, e ainda ficam, no meio dos alagamentos – prometendo que era paliativa a solução, a Prefeitura disse que eles serviriam para minimizar eventuais prejuízos para os expositores e manter o atendimento aos visitantes e turistas durante as obras de remodelação e requalificação da Feirinha de Teresópolis, “um importante polo de desenvolvimento do estado e um dos principais atrativos turísticos do município, responsável por geração de emprego e renda”, como disse o governo um ano e meio atrás.