PasCom Diocese Petrópolis
A Igreja Santo Antônio, no bairro do Alto, em Teresópolis, acolheu a missa de encerramento da Assembleia Pastoral Diocesana. Realizada no último sábado (22), a celebração foi presidida por Dom Joel Portella Amado, bispo diocesano, e concelebrada por todos os padres da Diocese, que conduziu uma profunda reflexão sobre o caminho percorrido pela Diocese e os frutos colhidos ao longo do processo de escuta e discernimento. “A grande beleza de uma assembleia é poder ouvir o que o Espírito tem a nos dizer. E isso acontece quando nos escutamos uns aos outros, mesmo com nossas diferenças de origem, experiências e vivências religiosas. É assim que conseguimos falar uma língua comum: a linguagem da fé”, afirmou.
Dom Joel ressaltou que cada assembleia é única, não apenas em suas conclusões, mas também no caminho que a antecede. “Esta assembleia não começou hoje. Ela foi construída com escuta, convites, respostas. Quem respondeu, respondeu. Quem não respondeu, talvez ainda o faça. Mas tudo isso é parte do processo de discernimento que a Igreja vive com o coração aberto à ação do Espírito”, disse.
O bispo também destacou que, enquanto a assembleia se reunia em torno do altar, uma síntese das contribuições dos grupos estava sendo finalizada. “Essa manhã foi marcada por preocupações reais, que não tomaram o dia todo, mas que nos tocam profundamente: nossos filhos, nossas comunidades, os casamentos, as famílias, os desafios sociais e religiosos. Tudo isso faz parte da vida da Igreja”, refletiu.
Dom Joel enfatizou ainda a importância da proximidade como expressão concreta da fé, citando Nossa Senhora como modelo de presença silenciosa, mas transformadora. A celebração também foi marcada por uma referência especial a Santa Cecília, cuja memória litúrgica se celebrou no sábado. Dom Joel lembrou que, embora pouco se saiba sobre sua vida, a tradição a associa à música e à arte como expressões da fé. “Cantar ao Senhor um canto novo é mais do que entoar melodias. É viver a fé com paixão, com coragem, com entrega. É testemunhar Cristo mesmo diante da dor e da morte. Esse é o coração da Igreja”, disse.
Ao final da homilia, Dom Joel recordou os desafios enfrentados por Jesus em sua vida pública, como os dilemas apresentados pelos fariseus sobre o pagamento de impostos ou o apedrejamento da mulher adúltera. “Jesus não se deixou prender por armadilhas. Ele respondeu com sabedoria, com liberdade, com verdade. E é esse o caminho que a Igreja é chamada a seguir: não se deixar condicionar, mas responder com amor e fidelidade ao Evangelho”, concluiu.
A missa encerrou oficialmente a Assembleia Pastoral Diocesana, que ao longo de meses promoveu escuta, reflexão e participação das comunidades em todo o território da Diocese de Petrópolis. As contribuições recolhidas serão agora fonte de orientação para os próximos passos da caminhada pastoral, especialmente em vista das comemorações dos 80 anos da Diocese, que terão início em dezembro deste ano. (Com informações e texto da PasCom, Diocese Petrópolis)
