Em menos de uma semana, duas drogarias da Várzea, em Teresópolis, foram alvo de furtos que, juntos, somam quase R$ 7,5 mil em prejuízos. Apesar da atuação das forças de segurança no município, comerciantes relatam dificuldade para conter a reincidência dos crimes e destacam que a sensação de impunidade tem aumentado os custos operacionais das empresas. Segundo eles, essa realidade pode acabar refletindo no preço final dos produtos, atingindo diretamente o consumidor.
Os dois casos foram registrados na Polícia Civil e reforçam a preocupação com a vulnerabilidade de estabelecimentos comerciais, especialmente em áreas centrais e movimentadas da cidade.
Caso mais recente
O caso mais recente ocorreu em uma drogaria localizada na Avenida Feliciano Sodré, na Várzea. De acordo com o boletim, o crime aconteceu no período da noite, quando quatro mulheres entraram no estabelecimento. O relato do comunicante aponta que, enquanto duas delas distraíam os funcionários — um atendendo no caixa e outro auxiliando no balcão —, as outras colocavam os produtos dentro de um casaco com o fundo fechado. Os itens levados incluíram colágenos de diferentes marcas e um sabonete líquido íntimo, totalizando um prejuízo estimado em R$ 2.743,68.
Outro caso na mesma semana
Dias antes, uma outra farmácia da região central também foi alvo de furto. Uma mulher, que se passou por cliente, aproveitou um momento de distração dos funcionários para subtrair 44 produtos dermocosméticos, avaliados em R$ 4.530,77. De acordo com os relatos, a suspeita pediu ajuda a uma funcionária na escolha de determinados itens e, enquanto isso, escondia os produtos. As câmeras de segurança registraram toda a ação e ainda flagraram a interação da mulher com um homem que aparentava acompanhá-la. O crime foi registrado na 110ª DP, responsável pela investigação.
O que diz a lei
O Código Penal Brasileiro prevê pena de 1 a 4 anos de reclusão e multa para o crime de furto. No entanto, quando o valor do bem furtado é considerado pequeno, pode ser aplicado o chamado furto privilegiado, que reduz a pena ou até a substitui por multa. Essa possibilidade de o acusado responder em liberdade gera críticas entre comerciantes, que afirmam ver na falta de punição um incentivo para a repetição dos delitos.
Enquanto não há mudanças na legislação ou maior rigor nas decisões judiciais, lojistas seguem em busca de estratégias para reduzir prejuízos e garantir a continuidade dos negócios diante da crescente ameaça de furtos.
