Isla Gomes
A eleição dos novos integrantes dos dois Conselhos Tutelares de Teresópolis foi realizada no domingo, dia 1 de outubro, tendo sido finalizada às 17hs. Os eleitores maiores de 16 anos, com título eleitoral em situação regular, puderam votar nas urnas de lona para eleição ou reeleição de representantes dos colegiados municipais para o mandato de quatro anos, que terá início em 10 de janeiro de 2024. Dos 44 candidatos habilitados em Teresópolis, foram eleitos cinco conselheiros tutelares titulares para o Conselho Tutelar 1 e cinco para o Conselho Tutelar 2, com seus respectivos 10 suplentes. A remuneração é de R$ 3.906,00 por 40 horas semanais. Nesta segunda-feira, 01, tivemos acesso a seguinte relação dos mais votados: Thayssa Gomes (404 votos); Alexandre Lima (273); Giovanni Moreira (252); Thiago Duque (232); Thaiane da Costa (231); Djair Alves (228); Lusiane da Silva (204); Mauro da Silva (204); Denise Teixeira (189); e Marcos Viana (177). Porém, essa relação é extraoficial, visto que, pelo menos até o fechamento desta edição, ainda não havia sido publicada no Diário Oficial do município, devido à possibilidade de recursos dos outros candidatos ao cargo.
Para falar mais sobre a eleição, nossa equipe conversou com um dos conselheiros, que segundo essa lista está entre os reeleitos, que explicou como foi a participação e o engajamento da população teresopolitana. “Nessa eleição tivemos 44 candidatos, automaticamente já esperávamos que o número de eleitores fosse aumentar, se analisarmos, 40 candidatos com cada um levando 10, já seriam quatro mil eleitores, mas o primeiro lugar teve 400 votos, o segundo lugar 200, terceiro lugar também 200, ou seja, nós vimos um grande engajamento da população em prol dessa questão tão importante, então tivemos realmente um número muito maior nessas eleições em comparado com as outras, acreditamos que por volta de cinco mil eleitores passaram pelas nossas urnas”, explica Thiago Duque.
Ser eleito para o Conselho Tutelar é um grande desafio, o órgão trata de assuntos relacionados ao direito de crianças e adolescentes e por muitas vezes divide as opiniões entre a população. A cada ano a população fica mais consciente dessa importância e o interesse pela escolha aumenta, afinal, ser membro do Conselho significa ter voz ativa e política para tratar de assuntos relevantes para a sociedade. “Ao analisarmos os resultados das urnas percebemos que a população está exigindo mudanças, pois 70% dos candidatos eleitos são de primeira mão e apenas 30% são reeleitos, e eu estou incluso nesses 30%”, declara.
Trabalho sério
Thiago salienta a importância e seriedade do trabalho de um conselheiro tutelar. “É uma responsabilidade muito grande trabalhar em prol de crianças e adolescentes, é preciso trabalhar com muita empatia e amor, nós encaramos muitos casos aqui que nos deixa abismados, por isso precisamos até de tratamento e acompanhamento psicológico, pois os casos acabam nos afetando na alma, então é uma responsabilidade muito grande, são vidas que estão em nossas mãos, portanto esperamos que o conselho tutelar de Teresópolis esteja bem representando por esses 10 que foram eleitos pela população, nós nos colocamos aqui a disposição da população para termos o melhor desempenho possível juntamente com um colegiado firme e atuante nessa causa de suma importância”, conclui.
Mais sobre o órgão
Criado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei Federal 8.069/1990), o Conselho Tutelar é um órgão importante e independente, responsável por garantir que os direitos da população infanto-juvenil sejam respeitados. Pode aplicar medidas como encaminhamento da criança ou do adolescente aos pais ou responsável; orientação, apoio e acompanhamento temporários; matrícula e frequência obrigatória em unidades de ensino; inclusão em serviços e programas oficiais; requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial, entre outras.
O que faz o Conselheiro
- Atende queixas, reclamações, reivindicações e solicitações feitas pelas crianças, adolescentes, famílias, comunidades e cidadãos.
- Exerce as funções de escutar, orientar, aconselhar, encaminhar e acompanhar os casos.
- Aplica as medidas protetivas pertinentes a cada caso.
- Faz requisições de serviços necessários à efetivação do atendimento adequado de cada caso.
- Contribui para o planejamento e a formulação de políticas e planos municipais de atendimento à criança, ao adolescente e às suas famílias.