Teresópolis passou a contar com um verdadeiro museu a céu aberto de arte de rua que foi criado a partir do 1º Encontro Estadual de Grafitti, realizado no último domingo (13). De acordo com a organização, o intuito do vento foi além de apresentar esta arte aos teresopolitanos, como também contribuir com o desenvolvimento cultural e social do município.
O movimento “TereGraffiti” realizou o evento que contou com a participação de aproximadamente 40 artistas de renome e que possuem vasto acervo de obras espalhadas pela cidade do Rio de Janeiro. De acordo com a organização do evento, esta é uma forma de levar entretenimento de qualidade e muito mais cor aos dias de todos que puderem passar por estes locais contemplados, com profissionalismo no que consideram ser o único museu a céu aberto da Região Serrana.
Com apoio das autoridades em meio à pandemia, os organizadores conseguiram a liberação para pintar três muros, um na entrada do bairro Comary, um muro no bairro de Araras e a parte lateral do um Hotel Higino, que nos anos dourados foi famoso em nossa cidade por seus bailes de gala, com total liberação e apoio do síndico. “A ideia do nosso movimento é que com este projeto possamos trazer mais cor e vida a este local assim como era no seu passado. E trazer uma visão a população da diferença entre pichação e grafite, mostrando que o grafite é uma arte”, destaca Ronan Fonseca “Dimo”.
O evento foi fechado ao público devido à pandemia e teve protocolos de segurança como distanciamento de 2,5m entre cada artista, com todos os envolvidos utilizando máscaras e o álcool gel. Os três muros foram grafitados simultaneamente, também para evita dar aglomerações. “O encontro tem como objetivo fomentar nossa juventude a conhecer e entrar no mundo das artes, dar mais visibilidade a esta arte que ainda apesar de todos os esforços é mal vista por parte da população leiga e ainda está fora do cotidiano de nossa cidade. Teresópolis é considerada uma das mais belas da Região Serrana e apenas queremos que ela também seja mais colorida, por isso nós do Movimento Terê Graffit contamos com os apoios do Mercado Oliveirão, Hortifruit Boutique da Roça, Loja Só Tintas, entre outros”, destacou Ronan, enfatizando ainda que o evento ajuda também contribuiu para o setor turístico local, já que os participantes de outras cidades se hospedaram em hotéis de Teresópolis.
Diferenças
Mas afinal, qual a diferença entre o grafite e a pichação? Segundo os criadores do grupo, diferente da simples demarcação de território e conquista de espaço que representa a pichação, o grafite é uma forma de arte complexa e baseada em desenhos, ou seja, todas as letras e figuras que são utilizadas na pintura são pensadas e elaboradas, para que representem aquilo que o artista quer mostrar. “Não são apenas latas de spray nas mãos, o grafite como arte urbana utiliza elementos de criação dos mais diversos e é capaz de promover a harmonia entre os mais diferentes ambientes, por isso pode ser feito numa parede de escritório, num muro de escola, até mesmo na fachada de um prédio de vinte andares. É uma modalidade artística onde a tela pode ser um objeto urbano abandonado, uma Praça sem vida, ou seja, não tem limites”, enaltece o organizador Alexandre Almeida, conhecido como “Gato”.
Participantes
O evento teve participantes de várias cidades: de Nova Friburgo veio o Yoka. De Petrópolis, vieram Sask, Stone, Sunk, Sant, Foks, CB, Lok, KrosT, Pack, Fake, SEK e Osek. Já os representantes de Teresópolis foram: Gato, Atos, Disco, Mafu, Chok, Dae, Apu, Gota, Nove Z, Chakal, Sofe, Dimo, Bss, Murilodomeio, Tak, Ari, Growing e Soub. Do Rio de Janeiro vieram participar Splif, Hae, Vibes, Tu2s, Bomb, Fil, Solo, Agarte, Rafael Geraldo, Xilopretura, Cast, JC, Leco, Lu Brasil, Carla Felizardo, FX, Markin Dopy, Natf, Ame!, Locutor, ETA, Damah, Gagui, Erick, nóia e Jaime.
