Wanderley Peres
Contratados para a prestação de serviços à Prefeitura, profissionais de saúde de todas as clínicas do hospital da Beneficência Portuguesa não receberam os vencimentos de novembro, atraso que já demora quase um mês.
Obstetrícia, berçário, urgências pediátricas, ortopedia, cirurgia ortopédica, clínica médica, e outros, todos estão sem pagamento, e já se articula, em virtude da pendência de pagamento dos honorários pelos serviços prestados, a “Restrição Temporária dos Atendimentos Médicos Pediátricos” até que a situação financeira seja regularizada.
A decisão de paralisação parcial das equipes médicas ocorre após diversas tentativas de negociação com os responsáveis pelo pagamento, sem que houvesse uma solução efetiva. “A medida visa garantir que os profissionais possam continuar prestando serviços de qualidade, sem comprometer o atendimento e a segurança de nossos pacientes. Durante esse período, os atendimentos pediátricos estarão restritos a casos de maior gravidade, ou seja, os classificados nas cores laranja e vermelho do sistema de triagem, que indicam situações urgentes e emergenciais. Casos de menor complexidade serão temporariamente suspensos até que a pendência financeira seja resolvida”, informou a equipe pediátrica do Hospital Beneficência Portuguesa.
Segundo a direção do hospital, a paralisação não foi ainda decida, porque a negociação pelo pagamento persiste, com expectativa de ser resolvida.
“Essa questão do atendimento ainda está sendo resolvida, porque temos a promessa da Prefeitura, de que parte do valor devido será pago até o fim do dia”, disse Paulo Ribeiro. Esse valor que a Saúde pagaria seria cerca de 60% do débito existente com o hopital para o pagamento das equipes, cerca de meio milhão de uma dívida da administração municipal que é superior a R$ 4 milhões, e que a Beneficência espera receber do governo que assume em janeiro, porque a atual gestão abandonou o compromisso firmado.