Luiz Bandeira
A tradicional Escola Municipal Hermínia Josetti, localizada na Tijuca, terá suas atividades paralisadas a partir de dezembro de 2025. A decisão foi anunciada pela secretária municipal de Educação, professora Carla Rabello, durante reunião com a comissão de pais e responsáveis na semana passada. O motivo é a evidente necessidade de reconstrução da sede original da escola, fechada desde 2019 por problemas estruturais e a condição precária da sede atual. Durante o encontro, a secretária esclareceu que todos os alunos serão remanejados para o prédio da Escola Municipal Sakurá, na Ermitage, garantindo a permanência dos estudantes na região. “Eles continuarão estudando em um prédio da própria rede, com estrutura superior à atual, sem necessidade de deslocamento para outros bairros”, afirmou Carla Rabelo.
A Secretaria de Educação destacou que o remanejamento será realizado de forma cuidadosa, considerando o número atual de estudantes e a capacidade da Escola Sakurá. A gestão reconhece a preocupação das famílias com a junção de faixas etárias diferentes, mas garante que haverá divisão de turnos para evitar superlotação.
Segundo a secretária, os alunos mais velhos ocuparão o turno da manhã e as turmas da Hermínia Josetti, com alunos mais novos, ficarão no turno da tarde. “O número de estudantes atualmente é menor do que em anos anteriores, e isso permite que a reorganização seja feita sem prejuízo pedagógico”, destacou. Ainda de acordo com a secretária, a equipe pedagógica do Hermínia será integrada à equipe da Sakurá durante esse período de transição.

Condições precárias do prédio atual e retomada da obra
Desde o fechamento da sede histórica da escola, ao lado da Igreja Católica da Tijuca, os alunos do Hermínia Josetti vêm sendo atendidos em um imóvel alugado, adaptado de uma antiga creche. Segundo Carla Rabello, o local não possui estrutura adequada: apresenta infiltrações, superaquecimento em dias de sol e alagamentos durante chuvas, prejudicando o ambiente de aprendizagem. “A casa foi pensada como solução provisória, mas se passaram seis anos. O espaço não tem mais condições dignas para nossas crianças”, pontuou a secretária.
Quanto à sede original, fechada em 2019, a secretária explicou que, apesar da promessa de obras na época, não foram encontrados projetos, estudos de solo nem orçamento reservados para a execução da nova escola. Agora, a atual gestão pretende iniciar o processo do zero, com elaboração de projeto arquitetônico, avaliação do terreno e planejamento orçamentário.
“O compromisso do prefeito é reabrir todas as escolas que estavam fechadas, e a Hermínia Josetti está entre elas. A unidade não será extinta, e sim temporariamente paralisada para que possamos finalmente dar início à construção da nova sede, tão aguardada pela comunidade da Tijuca”, concluiu Carla Rabelo.
