Luiz Bandeira
A Escola Municipal Maçon Lino Oroña Lema está novamente envolvida em uma trapalhada da administração pública municipal. Essa unidade de ensino que originalmente estava alocada em moderno prédio construído na Rua Prefeito Sebastião Teixeira, foi realocada na Rua Dr. Aleixo, também na região central da cidade, enquanto o prédio original passa por longa – e necessária – reforma. Porém, nesta quarta-feira, 03, a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SIndPMT), veio a público e divulgou um vídeo onde denuncia uma grave situação pela qual vem passando professores, funcionários e alunos da unidade de educação. Segundo Kátia Borges, a escola teve o fornecimento de energia elétrica cortado e há cerca de uma semana as aulas estão sendo ministradas no escuro, não há ventilação, a água para beber é quente e a comida está vindo de outra escol, visto que os equipamentos elétricos da escola não podem conservar e preparar os alimentos para alunos e equipe. “Encontramos aqui uma situação lastimável, uma semana sem luz, a luz foi cortada, a gente não consegue entender qual foi o motivo do corte da energia e a gente está aqui para dizer o seguinte: nós funcionários da prefeitura não merecemos trabalhar nessas condições e as crianças não merecem estudar nessas condições”, denuncia Kátia.
Também nas redes sociais, o SindPMT informou que, se a situação não fosse resolvida, impediria a utilização do prédio público nesta quinta-feira. Na quarta, final da tarde, chegou a notícia da retomada do serviço. Porém, outra informação preocupante: “Esclarecemos que a luz foi ligada em situação de emergência, segundo a Enel há falta de pagamento desde 2022. Que a SME tome uma atitude, para que isso não ocorra mais. Também recebemos a informação que o gás não está pago e por esse motivo não estará havendo entrega”.
Essa situação lastimável foi tema de debate na sessão da Câmara de Vereadores desta última terça-feira, 02. O vereador Raimundo Amorim manifestou indignação com a falta de sensibilidade da empresa concessionária de energia por cortar a luz de uma escola e com o descaso do executivo diante de grave situação. “Eu fico impressionado, indignado, como é que uma prestadora de serviço chega numa escola que está funcionando e corta a luz? Esse é um problema sério, esse é o que nós temos que discutir. Elas fazem na nossa casa, isso é o que elas fazem, às vezes a gente esquece, as vezes a gente bota até uma conta para ser descontada no banco e o banco não desconta, erra lá, e a nossa luz é cortada. E tem mais, você vai lá paga e daqui a 72h é possível que seja religada, daqui a 72h, quantos dias são? Três dias. Isso que é uma vergonha, o executivo não toma providência, não toma providência nesse sentido e nem toma providências no sentido de a escola ficar esses dias sem aula por erro do executivo, mas também um absurdo a Enel cortar a energia de uma escola que está funcionando e deixar os alunos sem aula”, denunciou Dr. Amorim.
Fechamento
Fechada desde antes de todo o período da pandemia de Covid-19, após ser interditada por técnicos do município que atestaram a necessidade de reforma estrutural do prédio, a escola municipal Maçon Lino Oroña Lema, localizada na Rua Prefeito Sebastião Teixeira, região central do município e que atendia centenas de alunos do primeiro segmento do ensino fundamental, corre o risco de continuar fechada durante todo esse ano letivo, já que não há indícios de término das tão aguardadas obras de reforma. Em dezembro do ano passado uma comissão formada por vereadores, servidores da administração municipais e representantes da empresa contratada para execução da obra previram a conclusão para o primeiro semestre deste ano, período que se encerra mês que vem. Enquanto isso equipe e alunos estão tendo que conviver com a precariedade do prédio onde a escola funciona hoje, sem luz.
O Diário buscou um posicionamento da Secretaria Municipal de Educação acerca da grave situação da unidade de ensino e recebemos da Assessoria de Comunicação do município respondeu aos nossos questionamentos com a seguinte nota: “A Secretaria Municipal de Educação informa que os problemas operacionais já foram resolvidos e que a previsão é de que o fornecimento de energia na unidade escolar seja reestabelecido ainda nesta quarta-feira, 3. A Secretaria esclarece que as aulas na escola foram mantidas porque a mesma funciona apenas nos horários da manhã e da tarde. Com relação à merenda, a SME ressalta que a entrega é fracionada por dia”. Também entramos em contato com a empresa concessionária de energia elétrica, a Enel, porém, até o fechamento dessa matéria, não obtivemos retorno sobre qual o motivo levou a empresa ao corte do fornecimento de energia elétrica da escola municipal.