Paola Oliveira
Marcello Medeiros
O skate estreou nos Jogos Olímpicos de Tóquio como uma das novas modalidades e, já na primeira participação, os atletas deram um show nas disputas. Os brasileiros foram destaque e levaram o nome do país ao pódio nas duas modalidades disputadas, com medalhas de prata com Rayssa Leal, Kelvin Hoefler e Pedro Barros. Assim, o Brasil já passa a ser referência nesse esporte e, em Teresópolis, o skate começa a ganhar mais adeptos a cada dia graças ao sucesso em terras japonesas e a Praça de Esportes Radicais Alexandre Oliveira, ao lado do terminal rodoviário José de Carvalho Janotti. Além de um excelente local para a prática da modalidade, agora as crianças e adolescentes locais contam com uma escolinha ministrada pelo instrutor Yago Chiapetta.
Praticante do skate há 13 anos, Yago já participou de uma etapa do campeonato estadual no ano de 2014, quando terminou a competição entre os dez primeiros em evento que contava com 180 atletas. Em entrevista ao jornal O Diário e Diário TV, ele destacou que Teresópolis sempre teve muito potencial, graças, sobretudo, ao equipamento descrito por ele como incrível, referindo-se a Praça de Esportes Radicais, Alpinista Alexandre de Oliveira. O skatista exaltou que a pista, que já foi uma das maiores da América Latina, construída na ocasião da realização de um campeonato profissional brasileiro em 2005, o que na visão dele, impulsionou o esporte na cidade.
“Lamentamos o período em que os praticantes da modalidade sofreram discriminação da sociedade, por conta da utilização do espaço de práticas saudáveis, por pessoas que frequentavam a pista para consumir drogas e bebidas alcoólicas. Garanto que estas pessoas não representavam os skatistas e que essa visão deturpada não é a visão que o esporte passa. Essa visão está sendo resgatada pelo sucesso da modalidade esportiva nas Olimpíadas aumentado a procura por equipamentos como a praça de esportes de Teresópolis”, destacou o instrutor, informando ainda que a escolinha que coordena é um sucesso com muitas crianças, o quê segundo ele, não se via há muitos anos.
A escola de skate de Yago Chiapeta teve início em novembro de 2020, e como a praça de esportes radicais estava fechada por conta da Covid-19, as aulas eram ministradas na Praça Olímpica Luiz de Camões. Yago ressalta que ele lutou muito para que a praça voltasse a funcionar, recorreu a várias mídias dando entrevista inclusive para a Diário TV, alertando para o problema de manter a praça de esportes radicais fechada.
Com o advento da inclusão de duas modalidades de competições de skate nos Jogos Olímpicos e o sucesso dos brasileiros que conquistaram três medalhas, houve uma motivação muito grande das crianças que se espelham sobretudo na “Fadinha” Rayssa Oliveira, de apenas 13 anos medalha de prata na modalidade skate street. Para o instrutor isso motiva não só crianças como adultos que tinham o sonho de aprender a andar e nunca conseguiu, “então hoje estou trabalhando com adolescente, adultos também, que querem começar do zero e pegar um ventinho de skate, isso é muito legal!”. Para saber mais sobre a escolinha de Skate o contato é o (21) 99240-7959 e o Instagram /https://www.instagram.com/attitude.sb/
Modalidades
A sensação do skate é deslizar sobre o solo e obstáculos equilibrando-se em uma prancha, dotada de quatro pequenas rodas, onde o praticante se aventura em manobras de baixos e altos graus de dificuldade. Existem várias modalidades, entre a mais popular está o Skate de Rua. O Street, como é conhecido, surgiu entre o final da década de 1970 e início de 1980 nos Estados Unidos. A diferença dela para as outras modalidades é que ela é praticada em obstáculos que ficam por conta da arquitetura urbana, como por exemplo, bancos, escadas, corrimãos e calçadas.