Fernanda Domingues
As apreensões de fuzis no Estado do Rio de Janeiro bateram recorde histórico no ano passado: foram apreendidas 499 armas, 130 a mais do que no ano anterior. Os dados foram divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP).
De janeiro a dezembro de 2017, dos 499 fuzis apreendidos, 370 estavam na capital. O número se aproxima da quantidade do material bélico recolhido durante todo o ano de 2016, com 369 fuzis no total.
– É o desdobramento de uma diretriz de redução de mortes violentas, fazendo com que as polícias Civil e Militar busquem tirar de circulação armas com alto poder de destruição das mãos de criminosos. O número é muito expressivo e deve provocar uma reflexão da sociedade – disse o secretário de Segurança, Roberto Sá.
Ao todo, foram apreendidas 8.705 armas no estado em 2017, sendo 2.929 no interior, 2.662 na capital, 2.042 na Baixada Fluminense, 715 na Grande Niterói, entre outras.
No início de junho de 2017, a Polícia Civil fez a maior apreensão de fuzis da história do Estado do Rio de Janeiro, no Aeroporto Internacional Tom Jobim: 60 fuzis estavam escondidos dentro de aquecedores para piscinas.
Grupo integrado
Para combater o armamento pesado por criminosos, a Secretaria de Segurança implantou medidas estruturantes como o Grupo Integrado de Operações de Segurança Pública (Giosp), que reúne as inteligências da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Civil, da Polícia Militar e da Secretaria de Administração Penitenciária, sob coordenação da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).
Os relatórios do Giosp, com a finalidade de monitorar a segurança no Rio de Janeiro, já permitiram a elucidação de crimes, identificação de criminosos, prisões e apreensões pelas polícias, que são as destinatárias das informações produzidas pelo grupo integrado.