Cadastre-se gratuitamente e leia
O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
em seu dispositivo preferido

Estado promete rapidez do atendimento à decisão do STF de retornar ao índice anterior o repasse do ICMS

Ministro Zanin derrubou a liminar que Teresópolis ganhou no TJRJ, para reduzir o repasse do ICMS dos municípios vizinhos

Wanderley Peres

Em resposta ao deputado Luiz Cláudio Ribeiro, que articula junto ao governo estadual para que seja agilizado o atendimento à decisão do Supremo Tribunal Federal, de retornar ao status anterior o índice de repasse do ICMS aos municípios, entre eles o de Mangaratiba, onde tem forte atuação, o secretário de Fazenda do Estado, Luiz Lobo, disse nesta sexta-feira, 9, que “atenderá os demais municípios com a mesma presteza que fez com o outro município [Petrópolis]”, e que até segunda-feira “deve ter novidades quanto ao andamento das providências”.

A decisão favorável aos municípios que tiveram queda abrupta na receita foi do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, na última quarta-feira, 6, derrubando a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que alterou a forma de distribuição do ICMS aos municípios do estado em ação proposta pelo município de Teresópolis e que causou grande mal estar na política regional, pelos prejuízos à suas economias, em ínfimo benefício ao nosso município, e até prejuízo, como informou na última quarta-feira o jornal O DIÁRIO. A mudança no repasse, a partir de janeiro que vem, vai ser ainda menor que a que tinha antes da mudança, indo de 0,677% de participação a 0,608%.

Além de Angra dos Reis e Mangaratiba, que têm repasse alto devido às grandes empresas instaladas em seu território, Petrópolis e Volta Redonda, municípios vizinhos para aonde vão boa parte dos pacientes SUS de Teresópolis, também sofreram grandes prejuízos no único mês em que ficou vigendo a decisão provocada pela ação judicial proposta pelo município de Teresópolis, supostamente a mando de alguém porque o município quase nada ou muito pouco lucrou com o resultado. Enquanto Teresópolis ganhou pouco mais de 100 mil, Petrópolis recebeu a menos cerca de R$ 25 milhões em agosto, dano grave aos cofres públicos que somaria cerca de R$ 100 milhões até o fim do ano. Em Mangaratiba, onde o secretário de Fazenda é um teresopolitano, o jornalista Márcio Ferreira, em vez de R$ 7 milhões e 464 mil, o município recebeu apenas R$ 526 mil, provocando uma queda no repasse de quase 90%.

A decisão que derrubou a pretensão de Teresópolis, em prejuízo de diversos municípios, aconteceu no dia em que o prefeito Vinícius tripudiou aqueles que foram solidários ao município vizinho, de Petrópolis, em situação de miséria, pela perda da arrecadação, maior que nos demais municípios por sediar a importante indústria GE Selma, grande pagadora de impostos. “Impressionante como alguns formadores de opinião e agentes políticos torcem contra Teresópolis”, disse, alfinetando O DIÁRIO, que abriu espaço para entrevista com o prefeito de Petrópolis e os vereadores, que receberam a desesperada comitiva de vereadores petropolitanos, autores de um inédito voto de repúdio ao prefeito de Teresópolis. “Fui eleito pelo povo duas vezes para defender os interesses do município. E assim vou continuar, até o último dia”, concluiu.

Comemorando o resultado, o prefeito Rubens Bomtempo disse a O DIÁRIO que prevaleceu o bom senso e a verdade. “O prefeito de Teresópolis não fez o dever de casa, não fez campanha do Declan para aumentar a arrecadação, e fugiu à cordialidade necessária com os demais municípios que vivem também as suas dificuldades. E tudo por conta da sua submissão a interesses, nota-se bem isso”.

Em entrevista ao vivo na Diário TV, Rubinho disse que a retirada desse recurso do orçamento, diluindo-o para outros municípios, prejudicou Petrópolis em todos os aspectos, não só na parte de resiliência e defesa civil, que é o que mais caro para todos nós que estamos saindo de um momento difícil, de reconstrução a partir da tragédia que se abateu sobre a nossa cidade, mas na área da saúde, educação, do entretenimento, turismo, desenvolvimento, de uma maneira geral, na economia, também, inclusive dos pequenos negócios, como é o caso da rua Teresa, que recebe repasse da prefeitura para que ela possa ter a sua publicidade e com essa perda de receita é necessário o contingenciamento, para voltarmos ao pagamento da folha e dos serviços essenciais. “Inicialmente, Teresópolis ganhou muito pouco com essa mudança na forma do repasse, mostra bem isso o último índice do ICMS. E, agora, a partir de janeiro, Teresópolis vai receber menos do que já recebia antes da ação. Isso prova que não existe uma causa efeito entre essa ação e a queda do índice de participação de Teresópolis nesses últimos anos”, concluiu.

“A participação de cada município no rateio do ICMS é um trabalho que deve ser feito no curto, no médio e no longo prazo, para se conseguir os objetivos. Por exemplo, a GE Celma, empresa do nosso município que gera maior valor adicionado, nosso trabalho com ela tem mais de 20 anos. Essa empresa esteve para ir embora de Petrópolis e nós oferecemos incentivos fiscais que viabilizaram a sua permanência e sucesso, aí ela cresceu novamente, e nesse crescimento teve a participação do município, que deve se beneficiar do seu investimento”.

Tags

Compartilhe:

Edição 18/10/2024
Diário TV Ao Vivo
Mais Lidas

Vereador cobra ação do MP no caso da farra das indenizações na Prefeitura

Estelionatário tenta aplicar golpe do “Pix falso” e se dá mal em Teresópolis

Morre motociclista atingido por veículo na Várzea

Procon encontra 247 quilos de alimentos impróprios em Teresópolis

Oficina gratuita para educadores na Casa de Cultura Adolpho Bloch

WP Radio
WP Radio
OFFLINE LIVE