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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Estrada rural em situação precária no Segundo Distrito

Ponte destruída e rachaduras impedem acesso de veículos, prejudicando estudantes e produtores rurais

Marcello Medeiros

Nos últimos meses os moradores das localidades de Santa Rita, Brejal e Andradas, no Segundo Distrito de Teresópolis, têm sofrido bastante por não conseguir ter o que está previsto no artigo quinto da Constituição Federal, o direito de locomoção. A estrada de terra batida que liga tais regiões está em situação bastante precária, com grandes rachaduras em diversos pontos e dois trechos bastante perigosos, um onde fica uma ponte de madeira improvisada, que hoje só pode ser atravessada pelos “mais ousados”, e outro onde um pequeno curso d´água cruza a pista, deixando exposto um escorregadio lajedo. Os populares já fizeram diversas reclamações ao governo municipal e, em um momento mais crítico, chegaram a se unir para tentar recuperar a passagem. Porém, as fortes chuvas dos últimos dias voltaram a complicar a situação.
“Sou produtor rural familiar e morador de Santa Rita. Nosso município está sob fortes chuvas e nosso distrito em particular se encontra em situação precária de segurança nas vias de acesso e nos entornos das propriedades. O município e seu setor de Defesa Civil constantemente se pronunciam em estado de alerta e prontidão, mas o que vou relatar demonstra tratar-se de farsa de responsabilidade e dever. Hoje, somente na estrada onde moro, temos uma ponte ruída sem nenhum tipo de sinalização, oferecendo risco grave iminente e impedindo acesso de crianças às escolas. Nossa estrada apresenta uma rachadura longitudinal, à beira de ceder em queda de seis metros a qualquer instante, o que vai provocar danos materiais e a interdição do trânsito entre os distritos de Santa Rita e Andradas, além de representar risco de morte ou acidente”, relata Luís Eduardo Costa, que fez diversas reclamações aos setores responsáveis no governo municipal.
O leitor do jornal O DIÁRIO informa ainda ter tido dificuldade ao pedir auxílio esta semana, após mais alguns dias de fortes chuvas. “Fiquei pasmo ao ligar para a Defesa Civil para comunicar a emergência e ser educadamente instruído à ligar novamente ‘amanhã de manhã’. A brincadeira é de péssimo gosto, me sinto lesado e humilhado pelo estado e pelo município. Voto, pago impostos, taxas de comercialização e sigo a lei, em troca, obtenho apenas descaso e omissão. Tenho muita vergonha e tristeza pelo que estamos passando, pois mesmo nos organizando em mutirões, me sinto sabotado pelas autoridades locais e pelo poder público”, denuncia.
Escoamento de lavouras e o acesso dos jovens estudantes ao ensino público são apenas alguns dos problemas gerados pelo descaso com o Segundo Distrito de Teresópolis. Luís Eduardo lembra que a região de Santa Rita é uma das que, sete anos depois, ainda sofre as consequências da maior catástrofe natural do país. “A situação é no mínimo desesperadora, pois nos encontramos abandonados sob a desculpa de falta de verbas e recursos, submetendo a população local à risco iminente e desnecessário. Infelizmente, parece que a situação ocorrida na Tragédia de 2011, não afetou em nada a rotina de descaso constante com nossa região”, pontua. Nesta sexta-feira entramos em contato com as secretarias de Agricultura, Obras e Serviços Públicos, através da Assessoria de Comunicação da Prefeitura, não obtendo nenhum tipo de resposta até o fechamento desta edição.

 

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Edição 23/11/2024
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