Na manhã desta quarta-feira, 11, um grupo de ex-catadores de material reciclável que trabalhava no lixão do Fischer, sendo impedido da prática desde que o antigo aterro foi atingido por um incêndio, em junho passado, realiza protesto contra o governo Vinicius Claussen. Segundo eles, 89 famílias estão sendo prejudicadas visto que o auxílio oferecido pelo município contemplou apenas os dois primeiros meses após a situação. “Estamos há 107 dias parados, esses R$ 1 mil que deram no começo não adiantou muita coisa. Queremos voltar e não estão deixando e nem trabalhar na área onde está sendo feito o transbordo do lixo. Dar cesta básica também não resolve”, relatou um dos catadores ao Diário. Além de faixas e cartazes, foi colocado no protesto um caixão com a inscrição “Aqui jaz o Desenvolvimento Social” e uma foto do prefeito. Em breve, mais informações sobre a manifestação.
Posição do governo
No início da tarde, a Assessoria de Comunicação da Prefeitura divulgou a seguinte nota sobre o assunto:
• Os catadores de recicláveis que atuavam no aterro do Fischer continuam recebendo suporte da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMASDH) e Direitos Humanos, inclusive com reuniões mensais com comissão de representantes da classe e concessão eventual de cesta básica.
• Um grupo de trabalhadores foi recebido pelo secretário municipal de Governo e Coordenação nesta quarta-feira, 11/10, para ouvir as demandas.
• Além da concessão do auxílio eventual emergencial pago em três parcelas pela Gestão Municipal, os catadores foram encaminhados para os equipamentos sociais do Município, como CRAS e CREAS, para emissão de documentos e inclusão em programas sociais do Governo Federal, como o Bolsa Família.
• Os catadores que manifestaram interesse foram cadastrados pelo SINE para encaminhamento a vaga de emprego e também para cursos de qualificação profissional. No momento, a SMASDH está fechando parceria com o SEBRAE-RJ para a oferta de cursos gratuitos.
• Entre as alternativas a longo prazo avaliadas e planejadas pelo Município estão a inclusão desses trabalhadores no programa municipal Recicla Terê, que depende de captação de recursos para ser ampliado, e também a adesão ao programa Pró-Catadoras e Pró-Catadores para a Reciclagem Popular, do Governo Federal, cujo lançamento foi acompanhado pelos catadores e pela SMASDH, com a oficialização da adesão de Teresópolis. Porém, este último encontra-e na fase de implementação pelo Governo do Estado.
• O aterro do Fischer permanece interditado e com o acesso proibido por meio de decisão judicial.
• A Prefeitura de Teresópolis reafirma que mantém o diálogo aberto com os catadores de recicláveis e que segue em busca de alternativas para o melhor atendimento dos trabalhadores de recicláveis.
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