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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Ex-Controlador de Arlei assume Planejamento da Prefeitura

Secretaria de Trabalho, Emprego e Economia Solidária passa para o comando de Vinícius Oberg, um dos coordenadores da campanha do prefeito

Anderson Duarte

Enquanto as propostas de reformulação em Secretarias permanecem recolhidas por falta de aceitação por parte da opinião pública e dos vereadores, o governo Vinícius Claussen promove antes do final do ano duas importantes alterações em seu quadro administrativo, na verdade, dois acréscimos ao time de Secretários, como o próprio gosta de chamar. Duas pastas que estavam sendo habitadas de forma interina ganham a partir de agora dois comandantes efetivos, a Secretaria municipal de Planejamento e Projetos Especiais, que terá a sua frente Fábio Cunha, Ex-Controlador do município na gestão cassada de Arlei Rosa e com passagem pelo governo Roberto Petto, e a pasta do Trabalho, Emprego e Economia Solidária, que passa a ter como responsável efetivo o empresário Vinícius Oberg, que foi um dos coordenadores da campanha de Claussen e Ari no pleito suplementar deste ano. Com a mudança, mais duas estruturas que seguiam tocadas de forma complementar ganham protagonismo, entretanto, a ação destoa do discurso de redução da máquina administrativa e redução de gatos, defendido pelo prefeito enquanto pleiteante ao cargo.
Apesar da indicação de Vinícius Oberg não representar nenhuma novidade, visto que o nome de empresário já seria um dos mais certos desde o anúncio da vitória nas urnas, a publicação em Diário Oficial do nome de Fábio Cunha repercutiu muito negativamente junto aos cidadãos mais atentos. Além de ter ocupado a pasta da Controladoria nos governos Petto e Arlei, Fábio Cunha ainda carregaria um passado de atuação em nada condizente com a proposta de gestão de Claussen, inclusive tendo sido dispensado pelo governo pemedebista em virtude da reprovação de suas contas e por inúmeras irregularidades apontas pelos órgãos de controle como o Tribunal de Contas, segundo relatos da época. A sua relação com Claussen se aproxima por conta da comissão instituída para promover ações de infraestrutura para a cidade na ocasião da Copa do Mundo de Futebol do Brasil. Ainda na ACIAT, Vinícius com o apoio do vice-prefeito Catão e o também secretário Henrique Carregal e Fábio, faziam parte do grupo, que como vimos, infelizmente, não conseguiu promover nada em termos de ações eficientes. As muitas reuniões, cafezinhos e águas geladas regadas a PowerPoints, não foram suficientes para promover uma realização sequer no período em que a seleção nacional esteve na cidade.
Já Oberg, chega com certo atraso, já que era tido como figura certa no secretariado de Claussen. Empresário do ramo de eventos e também estrategista político, Vinícius chega ao comando da pasta do Trabalho, Emprego e Economia Solidária com o intuito de transformar a estrutura do departamento em algo mais amplo, inclusive preconizando o conceito de Economia Solidária e atração de projetos e programas de fomento ao emprego e a qualificação. Em contato com nossa redação, Oberg garante que vai trabalhar na organização da Pasta para que ela possa trabalhar efetivamente suas propostas de existência. Como a Economia Solidária, por exemplo, que vem se apresentando como alternativa de geração de trabalho e renda por diversos municípios que a acresceram em seus quadros administrativos. A sua maior dificuldade será transformar uma estrutura dedicada ao longo das últimas décadas como fonte de populismo e assistencialismo baratos, tendo como quase exclusividade às ações reflexas ao banco Sine do estado, em algo efetivamente produtivo.


Como novo Secretário de Trabalho, Renda e Economia Solidária, Vinícius Oberg terá a incumbência de mudar a atual política de geração de emprego e renda do município e buscar esses projetos e possibilidades de transformação. Basicamente o que se faz hoje na Pasta são os serviços de emissão da carteira de trabalho, entrada no seguro desemprego, captação de vagas de emprego e cadastro de mão de obra para reinserção no mercado. Um dos conceitos a serem trabalhados na nossa metodologia deve ajudar nessa reversão do processo de degradação da secretaria, a Economia Solidária, que na verdade compreende toda uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras, e que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário.
A novidade tem dado certo e a Economia Solidária atuando na produção, distribuição, consumo, poupança e crédito, organizadas sob a forma de autogestão é mesmo uma forma eficaz de se produzir um desenvolvimento sustentável e longevo.

 

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Edição 23/11/2024
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