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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Filas, um “novo normal” no comércio de Teresópolis

Restrições obrigam comerciantes a organizar entrada das lojas para manter o funcionamento

Desde o início da pandemia da Covid-19, pessoas do mundo inteiro têm tido desafios diários para se reinventar. Mudanças, restrições e preocupações fazem parte da rotina atualmente e, dentro desse “novo normal”, os comerciantes tem sido os principais afetados. Primeiro, veio a ordem para fechar praticamente tudo, sendo mantidos apenas os serviços essenciais. Aos poucos foi acontecendo a flexibilização da economia, até a permissão de reabertura de praticamente todas as atividades com várias restrições. O polêmico rodízio de CPF – que só permite a compra se o final do número do documento coincidir com o dia, e a limitação do número de clientes no interior das lojas, devendo ser respeitada a orientação de se levar em conta a distância de nove metros quadrados por pessoa, criaram as filas, muitas vezes gigantes, em boa parte dos estabelecimentos da região central do município. Também seguindo a orientação da prefeitura, os comerciantes precisam demarcar visualmente no chão a distância de um metro e meio entre os clientes que aguardam a movimentação, além destacar funcionários, devidamente protegidos, para auxiliar na organização das filas.
Nesta sexta-feira, a reportagem do jornal O Diário e Diário TV percorreu as principais ruas e avenidas da Várzea e constatou que, em sua grande maioria, os comerciantes tem feito sua parte para contribuir com a manutenção das portas abertas nesse momento onde ainda há preocupação com a propagação do novo coronavírus. Em uma grande loja de utilidades na Delfim Moreira, que desde o início da flexibilização ilustrou dezenas de publicações em redes sociais por conta do tamanho da fila, foi uma onde havia pelo menos três funcionários ajudando na organização do acesso e pedindo que os clientes respeitassem a marcação no chão. Em uma tradicional loja de armarinho, também havia sinalização na calçada e parte da equipe orientando que os interessados em adquirir produtos no local aguardassem dentro das normas estabelecidas.
Para funcionar, os lojistas precisam também possuir o Alvará Covid Segundo Estágio, disponibilizar dispenser de álcool gel pera os clientes e só permitir o acesso aos estabelecimentos com a utilização de máscara. Outras determinações do Gabinete da Crise da prefeitura são priorizar o recebimento em cartão e não permitir provadores de roupa. Em relação aos colaboradores, existe orientação para revezamento de turno de trabalho e verificação de temperatura, visto que a febre é um dos indicativos do novo coronavírus.

Horários
No último decreto municipal, publicado em edição extra do Diário Oficial da terça-feira, 07, a prefeitura ampliou o horário de funcionamento do comércio varejista, passando de 11h às 18h (anteriormente as lojas podiam ficar abertas até às 17h. Os horários dos outros setores são: – Atividades essenciais, sem restrição; – Indústria e construção civil, das 6h às 16h; – Shoppings e centros comerciais, das 12h às 20h; – Bares, lanchonetes e restaurantes, 6h às 23h; – Academias: 6h às 11h, 12h às 17h e 18h às 23h; – Clubes sociais, das 6h às 23h.

Preocupação nos bancos
Pela segunda vez em menos de uma semana, as agências do banco Itaú da Avenida Delfim Moreira precisaram ficar de portas fechadas para desinfecção após confirmação de novos casos de Covid-19 em funcionários. Na última terça-feira, trabalhadores da 6103, em frente ao Sesc, e da 0807, próximo ao acesso do Bairro dos Pinheiros, testaram positivo para o novo coronavírus. Por conta disso, foi realizado o trâmite previsto pela da FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos nessa situação, a higienização das agências em sua totalidade e o afastamento das pessoas que tiveram contato com os infectados. Por conta do fechamento temporário, o atendimento das duas agências da Delfim Moreira foi deslocado para a do final da Reta, gerando grande fila até o Rua Carmela Dutra, em Agriões. Filas, aliás, tem sido frequentes em praticamente todas as agências do município, devido a procura por auxílio, seja do governo, de empréstimos ou para negociação de dívidas. E, diante de tamanha movimentação, os funcionários desses estabelecimentos têm sido bastante afetados.
Com os casos registrados esta semana, Teresópolis chega a 16 confirmações da Covid-19 em funcionários de bancos. Seis no Itaú, sendo quatro registros na agência 6103, em frente ao Sesc,  e dois na 0807, cinco no Bradesco, sendo dois na agência 7130 e três na 0542, entre eles um vigilante, quatro no Santander (Agência da Reta) e um na agência central da Caixa Econômica Federal, a 0193.
“Mais uma vez apelamos à população para que só compareça ao banco se não tiver jeito de resolver o que necessitam nos canais digitais, caixas eletrônicos nos horários diferentes do expediente bancário, nos fins de semana… Se for comparecer, use máscaras, mantenha distância das pessoas, use o álcool gel que os bancos têm que disponibilizar. As agências bancárias são locais de alto risco de contágio, por isso evitem ir aos bancos, principalmente os cidadãos do grupo de risco. Aproveitamos para cobrar do Prefeito Municipal a inclusão no Decreto Municipal a obrigatoriedade de higienização profissional das agências bancárias pelo menos duas vezes por semana, que foi prometido mas até o momento não foi feito.  Os casos só  crescem nas agências de Teresópolis. Solicitamos ao Procurador Geral do Município pra  agilizar essa medida urgentemente”, lembra Cláudio Mello, Presidente do Sindicato dos Bancários de Teresópolis.
Quando o primeiro caso foi registrado, ele chegou a solicitar ao governo municipal que fosse incluído nos decretos municipais, como medida preventiva, a obrigatoriedade das agências bancárias passarem por desinfecção todos os fins de semana. Porém, apesar dos problemas expostos acima e a escalada da doença no município, o pedido não foi acatado pelo governo municipal.

 

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Edição 27/11/2024
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