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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Fim de ano intensifica emoções e reforça a importância do apoio psicológico

“A vida corrida não permite que a gente observe os detalhes, e a terapia ajuda a clarear", destaca profissional da área

Maria Eduarda Maia

Com a chegada do fim do ano, o clima de encerramento de ciclos e revisão das metas do ano vigente volta a fazer parte dos pensamentos de muitas pessoas. É um período marcado por balanços pessoais e expectativas para o novo ciclo, intensificando vários sentimentos, que podem ser de frustração até gatilhos emocionais, comuns nessa época. Segundo a psicóloga Carol Duarte, o fim de ano, com os dias de festividades, costuma despertar reflexões profundas. “Nesses encontros festivos, costumamos contar nossa vida anualmente e isso nos leva a reflexões: o que eu fiz esse ano? Atingi minhas metas? Foi um ano fácil ou difícil? Assim, atribuímos valor ao ano que passou, despertando emoções e lembranças, tanto boas quanto ruins”, explicou, em entrevista ao Diário. Por ser um período em que a rotina de muitas pessoas desacelera por conta de recesso e férias, é comum que as emoções e pensamentos apareçam. “Muitas vezes, só no final do ano conseguimos olhar com calma para como foi a nossa trajetória”, completou Carol.

Metas possíveis
Outro ponto importante é que, além de olhar para o passado, muitas pessoas traçam expectativas e metas para o próximo ano. E é essencial estabelecer metas possíveis, que possam ser cumpridas, para não começar o ano já sobrecarregado, como destaca a profissional. “Normalmente, jogamos as metas para frente: ‘No próximo ano eu consigo.’ Mas encher a agenda sem considerar o que é viável pode gerar pressão. Metas são importantes, dão sentido e direção, mas precisam ser coerentes. Vale diferenciar metas de curto, médio e longo prazo”, declarou, frisando que, dessa maneira, as metas não angustiam, mas orientam para o melhor caminho que deve ser traçado para que sejam cumpridas.

É essencial estabelecer metas possíveis, que possam ser cumpridas, para não começar o ano já sobrecarregado. Foto: Reprodução

Ainda segundo Carol Duarte, caso não haja esse cuidado com as metas, o ano já é iniciado de maneira ansiosa, com pressão e cobranças que podem ser evitadas. “São muitas metas sociais. Por isso, é fundamental identificar o que realmente faz sentido para a nossa vida e o que é possível naquele período. Afinal, é só mais um ano, não o último”, pontuou.

Apoio psicológico
Dessa forma, é de suma importância frisar o papel do apoio psicológico nesse momento em que metas, comparações e lembranças intensificam o estado emocional. A terapia é um espaço para parar, refletir, falar e se ouvir, tudo com acompanhamento de um profissional, como conta Carol: “Na terapia, conseguimos entender se nossos pensamentos fazem sentido, se estão alinhados com nossas emoções e por que repetimos certos padrões, como metas que nunca cumprimos. A vida corrida não permite que a gente observe esses detalhes, e a terapia ajuda a clarear”.

É de suma importância frisar o papel do apoio psicológico nesse momento em que metas, comparações e lembranças intensificam o estado emocional. Foto: Reprodução

Além disso, é importante lembrar que o psicólogo não faz o trabalho todo sozinho, sendo sempre um processo construído em conjunto. O profissional considera a individualidade de cada pessoa e ajuda a compreender o que faz sentido dentro da realidade dela. Sendo assim, é uma construção conjunta e individualizada.

Comece o ano leve
A psicóloga destaca dicas simples para evitar esses gatilhos típicos da época e tornar a reta final mais leve, como respeitar limites, organizar prioridades e estabelecer metas realistas para o próximo ciclo. “A primeira orientação é não esperar o ano todo para buscar ajuda. Procure apoio psicológico ao longo do ano, e não apenas quando tudo acumula”, elencou, dizendo que é comum que muitas pessoas procurem terapia no final ou início do ano, justamente por ser um momento de pausa e percepção. Para ela, também é importante adotar práticas que tragam bem-estar: caminhar, ouvir música, descansar, ter pequenos momentos de pausa.

Outro ponto citado pela profissional foi em relação aos encontros familiares de fim de ano, os quais possuem uma carga afetiva grande devido aos reencontros, lutos, lembranças e datas simbólicas. “Por isso, selecione bem os contatos. Estabeleça limites com gentileza e clareza. Não é porque é família que você precisa se submeter a situações desconfortáveis. Se você já sabe que determinado ambiente traz gatilhos, vale evitar ou se resguardar”, disse, reforçando também a importância das pessoas sempre se priorizarem. “Então, em 2026, coloque-se na sua agenda. Priorize-se. Faça coisas de que gosta. Cuide do seu bem-estar físico e mental”, concluiu.

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