A pandemia da Covid-19 trouxe um desafio muito grande aos prestadores de serviços de Saúde para conseguirem dar continuidade aos tratamentos em meio a tanta insegurança sobre o contágio da doença, pois muitos dos pacientes precisam de cuidados contínuos. As clínicas de fisioterapia fazem parte deste grupo de atividades que precisaram passar por modificações para conseguir dar continuidade ao trabalho para não haver prejuízo à evolução dos pacientes durante o tratamento.
Logo após a pandemia ser decretada, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, o Cofito, estabeleceu novidades para levar atendimento de fisioterapia e terapia ocupacional à população.
Foi autorizada a realização de serviços on-line, a teleconsulta, que é o atendimento clínico feito a distância e o telemonitoramento, o acompanhamento a distância do paciente atendido que antes era presencial.
A grande preocupação era sobre o fato de que os pacientes em grande parte já pertencem ao grupo de risco e o isolamento social pode acrescentar mais fatores de risco para eles. O sedentarismo, a falta de atividade física e a obesidade podem se acentuar, gerando um risco não só para a covid-19, mas para outras doenças respiratórias e cardiovasculares também.
Em Teresópolis, a fisioterapeuta Isabel Peres conseguiu se adaptar rapidamente tanto à nova situação quanto às novas regras que a profissão ganhou especialmente para este período. Além de uma nova rotina, novos procedimentos e uma nova forma de comunicação com as pessoas atendidas, além de um novo e maior espaço para dar conta da demanda.
“Em marco de 2020, veio o decreto que estabeleceu o fechamento de todo o comércio e clínicas, impedindo que presencialmente nós chegássemos até o paciente com o nosso atendimento, então transformamos o atendimento para a forma virtual. Atendíamos os pacientes após uma avaliação feita através de chamada de vídeo por WhatsApp para saber como eles estavam se sentindo e passando exercícios para que ele realizassem em casa. Assim a clínica funcionou de março até junho de 2020. Quando veio o decreto liberando o funcionamento com limitação de pessoas, passamos a atender a um paciente por hora, sendo que de 15 em 15 minutos trocamos de pacientes, sem contato entre eles e higienizando todo o ambiente”.
Com a retomada gradual das atividades e a liberação de funcionamento presencial com algumas restrições, Isabel explica que verificou que era a oportunidade de conquistar um espaço maior que conseguisse receber um maior número de pessoas, com maior conforto e segurança. Dessa forma ela acaba de inaugurar o novo endereço do Espaço Isabel Peres, em que já percebe como os pacientes estavam necessitados de dar continuidade aos seus tratamentos.
“Agora podemos atender sim, por causa do tamanho da clinica, até 6 pacientes por horário, porque temos 60 metros quadrados na sala do pilates, além da higienização de todos os aparelhos e exigência de máscara para realização dos exercícios. Também temos o cuidado de trabalhar com o paciente com qualidade, fazendo aferição de pressão, medição de frequência cardíaca, medição da saturação e aferição de temperatura e álcool gel espalhado por todo espaço. Essa adaptação se fez necessária para atender ao paciente com qualidade e que ele se sinta seguro de estar aqui conosco. Então, estamos seguindo essas regras: cuidar do imunológico e do corpo. Trabalhando para ter corpo e mente saudáveis”.