Luiz Bandeira
A Secretaria Municipal de Saúde divulgou o resultado do exame microbiológico da qualidade da água realizado nesta semana em 13 fontes da cidade. Quatro nascentes devem ser evitadas, uma delas a Fonte Amélia, que foi reaberta totalmente revitalizada numa parceria entre a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Turismo, e a iniciativa privada, através de uma construtora local. Na ocasião da inauguração oferecia condições para consumo humano, atestada pela Secretaria Municipal de Saúde, mas ficou pouco tempo nessa situação e desde então “segue no vermelho” com suas belas bocas a jorrar água imprópria. Pelas amostras coletadas e analisadas pelo Laboratório Bacteriológico de Análise de Água para Consumo Humano, da SMS, além da fonte Amélia, 7 Tanques, no Rosário, Taumaturgo e Tijuca, nos bairros de mesmo nome, também não são recomendadas pelo menos até que seja feita nova análise.
A Fonte Amélia, no bairro do Alto, foi entregue à população em 09 de julho. Limpeza e pintura geral, recuperação de azulejos e da rede de captação de água foram alguns dos serviços realizados no patrimônio municipal, que faz parte do roteiro de visitação de turistas e moradores da cidade. "Teresópolis é conhecida como a cidade das fontes, cujas nascentes de águas são tombadas pela Lei Orgânica do Município”, assinalou na ocasião a secretária municipal de Cultura, Cleo Jordão Rezende. Mas, infelizmente, várias nascentes do município, que realmente no passado detinha um patrimônio em reservas naturais invejável, foram contaminadas e no lugar de algumas surgiram valas onde corre esgoto. Manter uma nascente de água em condições para consumo exige preservação do entorno e há anos a expansão imobiliária não privilegia esta vocação turística de Teresópolis de ser considerada como “Cidade das Fontes”.
Água boa, fonte abandonada
Na edição do dia 29 de junho passado, O Diário publicou um apelo de moradores do Vale do Paraíso pela manutenção da Fonte Santa Ângela. Na ocasião e até hoje, a fonte é uma das que oferecem condições para consumo humano, mas que demonstrava total abandono do poder público na manutenção dos revestimentos e escoamento. Nesse período houve a revitalização da fonte do Alto, que não é recomendada para consumo, enquanto a fonte do Vale do Paraíso segue abandonada e ainda nos permite brindar com água pura.
