Uma das fontes mais procuradas do município, a São Sebastião, em Pimenteiras, não vive seus melhores dias. No sentido contrário, a cada dia tem aparência mais preocupante em relação ao abandono do poder público município e ataques de vândalos. Além do estado físico, o que preocupa os muitos usuários da nascente localizada na Rua Dr. Oliveira, próximo ao cruzamento com Oscar José da Silva, Guandu e Pimenteiras, é que ela costuma “secar” por várias horas, geralmente na parte da manhã. O motivo ainda é um mistério, sendo levantada hipótese em relação à captação do precioso líquido por moradores do entorno. Quem não tem poço artesiano em casa e acompanha a degradação da São Sebastião apela para um olhar mais apurado do governo Vinicius Claussen. “Já reclamei várias vezes na prefeitura, ouvidoria e até no face do prefeito, mas ninguém me deu ouvidos ou apresentou soluções. Pelo contrário, é cada vez mais lixo, pichações e maior frequência desse sumiço misterioso da água, principalmente na parte da manhã”, relata Neuza O., antiga moradora da Barra do Imbuí e uma das várias pessoas daquela região que entrou em contato com a redação do jornal O Diário e Diário TV para questionar a situação.
Entramos em contato com a prefeitura, através da Assessoria de Comunicação, cobrando posicionamento em relação ao abandono físico e o misterioso “sumiço” da água, sendo repassada nota justificando que “a Secretaria de Meio Ambiente informa que já foi realizada vistoria no local e não foi identificado nenhum indício de desvio da água” e que “a Secretaria está investigando a diminuição da vazão de água na nascente, mas aparenta ser sazonal”. Sobre limpeza e conservação do espaço, o governo Claussen não se pronunciou.
Também cobramos um posicionamento do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), responsável pela fiscalização dos poços artesianos. De acordo com nota divulgada pelo setor de comunicação do órgão, uma equipe do Instituto Estadual do Ambiente vistoriou o local na última semana e inspecionou três grandes condomínios dessa localidade, não constatando irregularidades quanto à captação de água para uso.
Qualidade da água
De acordo com o último resultado do exame microbiológico da qualidade da água, realizado pela Secretaria Municipal de Saúde em 13 fontes da cidade, apenas as fontes da Tijuca e Taumaturgo (esquina dos prédios) estão impróprias para consumo segundo resultado das amostras coletadas e analisadas pelo Laboratório Bacteriológico de Análise de Água para Consumo Humano.
Porém, como a água pode sofrer variações de potabilidade, devido a alterações climáticas e do ambiente do entorno onde as fontes se localizam, os usuários são orientados a sempre ferver ou filtrar e clorar a água antes de ser consumida. Sendo assim, após filtração, devem ser adicionadas duas gotas de hipoclorito de sódio a 2,5% (água sanitária) para cada litro de água. Depois, espera-se 30 minutos antes de utilizar. O procedimento atende a Portaria 2.914/2011, do Ministério da Saúde, que dispõe sobre o controle e a vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.
O monitoramento microbiológico da água das fontes da cidade é feito por equipe do Programa Vigiágua, setor ligado à Divisão de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde. Atendendo determinação do Ministério da Saúde, o acompanhamento é periódico, a fim de garantir que a água consumida pela população atenda ao padrão e normas estabelecidas na legislação vigente.