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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Food Bunker Rebellados, a gastronomia rebelde de Teresópolis

Com o lema ?O que aqui se come, só se come aqui?, restaurante oferece sanduíches artesanais exclusivos e criativos

Nina Benedito

A história da criação do restaurante Rebellados começa com um “ato de rebeldia” do Chef Leandro Rebello, que em oposição à glamorização da gastronomia deu início ao Food Truck Rebellados. Essa história começou em 24 de março de 2016, seguindo como inspiração para as receitas os momentos e aprendizados vividos por ele com as suas avós, Dona Aurette e Dona Neiva. Com o lema “O que aqui se come, só se come aqui”, o Chef faz das suas receitas uma crítica à monotonia, falta de criatividade e comodismo que enfrentava o mercado de comidas de rua e hamburguerias. A marca Rebellados surgiu a partir do sobrenome da família Rebello, que entre os familiares associavam o nome à rebeldia em tom de brincadeiras. “A história do Rebellados nasceu da vontade e da rebeldia de sair de uma coisa padronizada, e criar uma vertente no mercado da gastronomia. Começou com o food truck, e as coisas foram fluindo, crescendo e por uma exigência pessoal de ter um espaço profissional, onde tivesse uma estrutura maior, uma cozinha melhor, uma melhora na produção e em todo o processo de preparação das receitas, culminando em um bom produto para o cliente” explica Leandro.
Apaixonado por essa ideia, em 01 de novembro de 2019 , partiu para o que chama de Food Bunker Rebellados. O ambiente conta com um único espaço de pouco mais de 200 metros quadrados, com uma capacidade para 90 pessoas sentadas. Com a demanda cada vez mais em ascensão, a casa faz planos para uma expansão, podendo chegar à capacidade de 130 lugares. Contudo, com a chegada da pandemia, a capacidade do restaurante precisou ser reduzida em 50% para atender as recomendações sanitárias desse momento. 

Trabalho diferenciado
Os sanduíches exclusivos são a especialidade da casa. Receitas originais, todas com alguma técnica ou ingrediente que o Chef busca constantemente em sua memória e nos livros de receitas das avós, além das porções que seguem o mesmo conceito e criatividade, são as iguarias perfeitas para acompanhar os chopps artesanais servidos na casa, todos de cervejeiros locais. “Não abrimos mão de fomentar e divulgar a cultura cervejeira da cidade, fizemos do nosso bar uma trincheira que luta em prol de produtos locais”, explica. Como começaram com a comida de rua no food truck, a escolha do produto tinha que ser algo prático, que as pessoas pudessem consumir no caminho para casa. A rebeldia estava presente na maneira de levar a gastronomia das avós para a rua, e foi em forma de sanduíche. Toda a produção de carnes, molhos, pães e acompanhamentos é da casa, motivo de orgulho do Chef. “Mesmo estando em um espaço fechado, a proposta da comida de rua se mantém. Somos o QG da comida de rua”, destaca Leandro.

O incentivo a cultura cervejeira
Com a mudança para o restaurante, o cardápio sofreu algumas alterações. Foram incorporadas algumas porções, ótimos acompanhamentos para os chopps trabalhados na casa. Pouco a pouco são lançadas novas opções, mas já possuem uma boa variedade dessas iguarias, como, por exemplo, o bolinho de linguiça mineira artesanal, criado para homenagear a avó do Chef de cozinha que era de Minas Gerais. Porções com queijo coalho, melado e molho de pimenta, que são ingredientes caseiros e provenientes da cozinha das avós, também são uma ótima pedida para acompanhar os chopps artesanais que são fabricados na cidade, uma forma encontrada para prestigiar os cervejeiros locais. O bar do restaurante foi apelidado de trincheira da cervejaria e dos cervejeiros artesanais. A ideia é a de fomentar esse mercado e mostrar tanto para os frequentadores locais como para os turistas que frequentam a cidade, a qualidade da cultura cervejeira. Atualmente a casa conta com 10 torneiras de cervejas com estilo variados.
Como a produção é artesanal, a casa contribui para que os produtores de cerveja tenham a sua criatividade aflorada, e capacidade de desenvolver novos produtos. Além de vários estilos de cervejas, o restaurante abre espaço para os cervejeiros realizarem seus testes diretamente com o público consumidor e terem o feedback direto. As harmonizações dos chopps com pratos do cardápio também são destaque. Um estilo de cerveja que harmoniza naturalmente bem com todos os sanduíches do Rebellados é o IPA. Ele significa India Pale Ale, portanto originário da Índia, e compreende cervejas amargas devido à concentração de lúpulos, mas extremamente refrescantes e aromáticas. A casa conta também com chopps mais leves, menos amargos, como a Session Ipa, rótulo em que o estilo é suavizado pelo cervejeiro para deixa-la “mais fácil de beber”. Elas são cervejas com uma pegada mais leve e teor alcoólico que dificilmente ultrapassa os 5%, para serem consumidas em grandes quantidades e que harmoniza muito bem com a porção de bolinho de linguiça artesanal. Uma outra combinação perfeita é a da Red Ale, uma cerveja de coloração rubi, que utiliza no processo de produção um blend de maltes especiais e lúpulo inglês, e leva em sua receita, notas de caramelo, além de um leve amargor, com o queijo canastra. 

A culinária que vem de família
Apesar de formado em cozinha francesa, o Chefe Leandro Rebello faz da gastronomia brasileira a sua morada, com a maior parte do conhecimento adquirido em anos de cozinha com suas avós. Assim, sua missão com o Rebellados é exaltar essa culinária afetiva, fazendo uso de técnicas e processos gastronômicos. Com tal combinação já emplacou um de seus sanduíches entre os vinte melhores do Brasil e se orgulha por produzir 100% dos pães vendidos na casa e assinar cada receita. “A minha escolha pela gastronomia foi bem cedo, e inocente. Foi o convívio com minhas avós que me jogou dentro da gastronomia. Eu lembro que naquela fase de vestibular, de faculdade, de não saber nada do que seria feito, a gastronomia surgiu. Um dia eu cheguei em casa, e minha família tinha separado uma apostila enorme de profissões bem cotadas para o futuro, e uma boa parte dessa apostila, falava da gastronomia, e eu indaguei: poxa, existe estudar gastronomia? E ali eu vi que minha escolha tinha sido feita, que do convívio com as minhas avós e tudo que eu tinha aprendido com elas, eu poderia fazer daquilo, a minha profissão” explica Leandro.

Mais sobre o restaurante
O Rebellados também possui uma pequena adega, com a ideia de desmistificar o mundo do vinho. O espaço possui rótulos de excelente qualidade e acessíveis, para que o vinho se torne uma bebida mais consumida e apreciada. O cardápio conta com duas sobremesas. O indócil, que surgiu no food truck, uma receita autoral e considerada pelo Chef, uma sobremesa rebelde. São tiras de cuscuz quente e crocantes acompanhadas de doce de leite com receita da Dona Aurette, avó de Leandro, ganache de chocolate e mousse de limão. A sobremesa se destaca pela criatividade de transformar um prato típico em algo inédito. A segunda sobremesa é o Morteiro, uma tortinha de banana, receita particular do Chef, feita com massa fina e crocante, recheada com doce de banana e acompanhada com doce de leite, ganache de chocolate e amendoim. O restaurante conta ainda com uma brinquedoteca para melhor atender o público familiar. Porém, devido ao momento de pandemia, o espaço está temporariamente desativado.

Atendimento
Diante da pandemia, que impôs uma série de restrições ao setor de alimentos e bebidas, o restaurante vem seguindo as recomendações padronizadas pelo decreto municipal, bem como da OMS, a fim de garantir o seu funcionamento e a segurança não só dos clientes, mas também de todos os seus colaboradores. O Rebellados está localizado na Rua Helena Rebello Pereira, 58, em Agriões. Delivery: (21) 997117141. Pedidos pelo site: www.rebelados.com.br. Horário de funcionamento de segunda a domingo das 17:30h ás 23h. No instagram @rebellados

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Edição 30/04/2025
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