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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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“Gatos Pingados” começa a construir sua história no carnaval de Teresópolis

Bloco desfila no próximo domingo e espera receber mais de mil foliões na Praça Nilo Peçanha

Paola Oliveira

Faltando menos de uma semana para o Carnaval, Teresópolis já está entrando no ritmo de samba e festa. Para esquentar a programação de folia do município, além das atrações musicais de artistas consagrados como Diego Nogueira, Falamansa e Sambô, que vão se apresentar na Praça Olímpica Luís de Camões, os blocos carnavalescos prometem levar às ruas muitos foliões e também a cultura do mágico evento. Um deles é o “Gatos Pingados de Terê”, que desfila no próximo o domingo e promete animar teresopolitanos e turistas. 
O bloco nasceu da paixão pelo samba de uma mãe e filha. Desde os 17 anos, Teresa Marques carrega o samba nas veias e passou o mesmo amor para a filha, Jéssica Quintanilha, e também para a neta. No ano de 2019, ela resolveu, com a ajuda de Jéssica, criar um bloco de carnaval para levar às ruas da cidade uma mistura de amor, alegria, cultura e mostrar que a data pode ser comemorada por toda a família. “Eu e minha mãe, em um dia de semana, fazendo lanche para a minha filha e ela brincando pediu: vó quero pular carnaval. A gente não tinha para onde ir, então surgiu a ideia de criar um bloco. Nesse dia só tinha eu, meu esposo, minha mãe e minha filha, e mais dois ou três amigos” conta a animada Jéssica.
A participação de apenas seis pessoas fez surgir a ideia que deu o nome ao bloco, “meia dúzia de gatos pingados”, que após ser amadurecida se tornou “Gatos Pingados de Terê”. O bloco que desfilou oficialmente pela primeira vez no ano passado, superando as expectativas com mais de 700 foliões, neste ano promete vir com força e levar mais de mil pessoas para desfilar. “Esse ano a gente espera com uma média de 1.500 a 2.000 pessoas participando do bloco, que agora de gatos pingados não tem nada, graças a Deus. A família está crescendo e se fortalecendo a cada ano que passa, para trazer alegria para a cidade, um carnaval de família… É cultura para a nossa cidade, isso que a gente traz para a sociedade,” enfatiza Jéssica.


A criadora do bloco aproveita para falar sobre a força que as mulheres têm no grupo. “Na sua grande maioria nosso bloco é formado por mulheres, a mãe que vem e traz seus filhos e esposo. É um bloco de família. Viemos para trazer as famílias para as ruas, brincar, aproveitar a tarde de carnaval em família e está sendo muito gratificante, esperamos somar mais e mais para o carnaval de Teresópolis. Foi muito bom ano passado e esperamos que venha ser também nesse ano de 2020. O samba é que nos move, por isso estamos aqui”, finaliza Teresa Marques. 
O bloco, que vai estar concentrado na Praça Nilo Peçanha do bairro do Alto a partir das 14h do domingo (23), vai desfilar no sentido Feirarte a partir das 16h. “Nós somos um bloco de embalo. A pessoa chega com sua fantasia e se mistura no meio da galera. Vem brincar com a gente. E, para quem quiser, o bloco tem um abadá lindo que custa apenas R$ 28 reais”, informa Jéssica. 

Construindo história
De “gatos pingados” o bloco foi crescendo e fazendo parte do carnaval de muitos teresopolitanos. Através do samba, tem buscado levar as pessoas conscientização sobre assuntos relevantes. O samba que o bloco vai dar voz este ano, por exemplo, fala sobre os animais que estão em extinção do Brasil. Quem se inspirou na composição da música foi o sambista e compositor Fábio de Souza, que há 34 anos usa o seu talento em favor do carnaval. Em poucas palavras ele representou o bloco contando o que todos esperam para a celebração deste ano.  “Muita animação para essa galera de Teresópolis que está carente de samba. A gente precisa resgatar esse carnaval da cidade colocando muita alegria, muita paz e que o pessoal possa se comportar também na avenida, para que as famílias retornem de novo para as ruas tendo belo carnaval. É isso que nós queremos passar para o pessoal,” afirma o compositor. 
Quem veio do Rio de janeiro para ajudar a construir o samba do bloco foi o Bita Silva, compositor da escola de samba Portela, que há 53 anos abraça o carnaval através do seu dom de compor. “Eu vim para somar com as pessoas que adoram o carnaval. Eu não poderia me mudar do Rio para Teresópolis e ficar no anonimato, eu teria que fazer a evolução do samba. Eu vim para sambar, brincar, curtir, fazer amizades novas e também ajudar a resgatar esse carnaval”, diz, empolgado. “Os blocos nada mais são que mensageiros das coisas boas que existem na vida. O que envelhece a gente são os aborrecimentos, o samba não, o samba enaltece a gente”, completa, com sorriso no rosto. “Espero que todos gostem do desfile do bloco, pelo esforço deles. Nós percebemos que vem coisa boa e, pelo barulho da carruagem, a gente já sabe o que vem dentro”, conclui o compositor. 

 

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Edição 23/11/2024
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