Com objetivo de intensificar o trabalho de fiscalização e de combate aos crimes ambientais no estado, o governador Wilson Witzel e a secretária de Estado de Ambiente e Sustentabilidade, Ana Lúcia Santoro, entregaram viaturas e uniformes a agentes de fiscalização em solenidade realizada, nesta quinta-feira (8), no Quartel General da Polícia Militar, no Centro do Rio. As dez novas viaturas equipadas, os 350 coletes camuflados e os 700 uniformes completos serão usados em operações rotineiras de repressão a crimes ambientais, realizadas pelo Comando de Polícia Ambiental (CPAm), da Secretaria de Estado de Polícia Militar, e pelos agentes da Superintendência Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Sicca) da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade. Os recursos são oriundos do Fundo da Mata Atlântica (FMA).
Para o governador Wilson Witzel, as doações simbolizam a modernização e a reestruturação da corporação, sobretudo do CPAm, que tem como prioridade a segurança da população. – Estamos aqui para darmos essa demonstração de que nós não tememos e vamos continuar nosso trabalho. O Comando de Polícia Ambiental e os agentes da Sicca são braços fundamentais para o combate aos crimes contra o meio ambiente e esse reforço vai ajudar na eficácia das operações. Parabenizoa secretária Ana Lúcia por esta iniciativa. Sinto-me honrado em estar aqui, participando de um momento tão relevante para a nossa polícia – destacou Witzel.
De acordo com Ana Lúcia, investir em fiscalização é uma necessidade latente para a gestão ambiental nos dias atuais. – A fiscalização e o controle de ilegalidades são princípios inegociáveis na nossa gestão e, por isso, prioridades para a nossa secretaria. Desde o começo do ano, a Superintendência Integrada de Combate aos Crimes Ambientais realiza operações em todo o estado para coibir irregularidades. A Polícia Militar, por meio do Comando de Polícia Ambiental, atua lado a lado conosco para o sucesso desse desafio – afirmou a secretária, destacando que, só neste ano, a secretaria deflagrou 45 operações de grande porte para coibir crimes ambientais, com apoio das forças de segurança estaduais.
Ela destacou, ainda, a importância da parceria com os municípios para fortalecer ainda mais as ações contra os infratores ambientais. – Executamos o projeto Olho no Verde, uma das principais ferramentas de monitoramento, preservação e fiscalização da Mata Atlântica fluminense. Ele conta com tecnologia capaz de identificar supressão ilegal de vegetação por meio de imagens de satélites e de processamento de dados espaciais, e o apoio dos municípios trará maior efetividade e celeridade para a fiscalização. As prefeituras interessadas em unir esforços no monitoramento e na preservação das florestas, e que assinarem o acordo de cooperação com a secretaria, vão receber os alertas expedidos pelo Olho no Verde. Com base nas informações, os municípios parceiros poderão realizar vistorias em suas áreas de abrangência. Os serviços prestados serão reconhecidos e contarão com apoio técnico e de divulgação promovido pela secretaria – afirmou a secretária .
Na cerimônia, o subsecretário geral da PM, coronel Marcio Pereira Basílio, destacou que as viaturas e os uniformes entregues irão ampliar a capacidade cooperativa do CPAm. – Adaptados para as ações de repressão a crimes ambientais, esses veículos serão incorporados às frotas das oito Unidades de Policiamento Ambiental (UPAm) para operar em todas as regiões do estado. Uma outra viatura reforçará o serviço reservado no CPAm, atividade fundamental para a checagem de informações, monitoramento e planejamento de nossas operações em áreas de difícil acesso – afirmou Basílio.
Balanço das operações da secretaria em 2019
De janeiro a julho deste ano, a Superintendência Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Sicca), vinculada à Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas), realizou 45 operações de grande porte, com apoio das forças de segurança e do Inea, em todo o estado. Os resultados obtidos são a realização de, pelo menos, 48 demolições em áreas de preservação; 71 medidas administrativas de crimes ambientais expedidas; 82 prisões e desfazimentos de 352 lotes irregulares e quatro poços artesianos ilegais; além das apreensões de 21 máquinas escavadeiras, 20 caminhões, duas motosserras, duas ceifadeiras, 31 animais, duas traineiras, 10,5 toneladas de peixes e 15 fornos de carvão demolido.