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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Grandes rachaduras em paredes de escola municipal

Pais e responsáveis preocupados com possíveis riscos no estabelecimento de ensino

Marcello Medeiros

Com cerca de 70 alunos no Ensino Infantil, a Escola Municipal José Guarilha Júnior, localizada nas proximidades do quilômetro 15 da Estrada Teresópolis-Friburgo, entre Sebastiana e Imbiú, no Terceiro Distrito, está com grandes rachaduras em algumas paredes. As imagens da crítica situação, que preocupa pais e responsáveis dos pequenos teresopolitanos, além logicamente dos próprios professores e pessoal de apoio do estabelecimento de ensino, tiveram centenas de compartilhamentos em redes sociais nos últimos dias.  Em uma delas, é possível ver o exterior da unidade em uma rachadura que parece seguir do chão ao teto. Em outras, pontos de rompimento nas proximidades de janelas e o que seria vazamento no telhado. “Escola querida! Foi minha primeira experiência quanto professora. Sinto muito saber que está em condições precárias. Realmente, muitos alunos tiveram oportunidade de ter uma boa formação ali”, relatou a educadora Nilza Salomão em uma das postagens sobre o assunto. “Meu Deus, fui diretora lá a escola estava linda, como deixaram chegar neste ponto?”, questionou outra educadora, Márcia Coutinho, na mesma publicação.
Pelo fato de aparentemente envolver grande risco para as crianças desse trecho da zona rural do município, a situação ganhou bastante repercussão. Na página do repórter Paulo Vicente, do Grupo TereRepórter, internautas externaram sua preocupação. ”Pais… Defesa Civil… Cuidado com as nossas crianças! Eles só olham para o seu próprio umbigo!”, destacou Madislene Pereira. “Realmente não tem condições de nossos filhos terem aula em uma escola como essa… É muito triste ver a única escola da comunidade se acabar desse jeito, não vemos ninguém fazendo nada para ajudar a comunidade. Se está ruim porque não construir outra escola em um lugar mais seguro? Infelizmente acham melhor fechar e pronto, o interior está abandonado. E isso me entristece, pois bons alunos saíram dessa escola. Infelizmente mais uma vez Sebastiana esta sendo esquecido”, destacou Carmem Andrade, residente naquela região. Já a internauta Alessandra Azevedo lembrou a responsabilidade de prefeito e vereadores e o momento que se aproxima. “Já já vão aparecer aí pra pedir voto, tem que botar pra correr”.

Sobrevivente da Tragédia
Localizada nas proximidades de um curso d´água, o estabelecimento de ensino foi bastante afetado na maior catástrofe ambiental do país, em 12 de janeiro de 2011. Por conta dos danos causados na Tragédia e preocupação com a inoperância do governo municipal, pais de alunos e funcionários se uniram para recuperar o que havia sido danificado e retirar a lama que havia tomado conta do local. Um dos voluntários foi o então presidente da Associação de Moradores, Amigos e Produtores de Sebastiana, Francisco Ribeiro. Pai de uma aluna da escola, ele ficou impressionado com a situação e temeu pela reabertura. “Eu achei que ia ser difícil, porque tivemos muitas perdas. Os computadores da escola acabaram. Acabou tudo. O piso chegou até a estufar”, relatou Francisco em entrevista ao jornal O Globo na época. A reportagem, que até hoje ainda pode ser lida na internet, destaca que a mobilização para pôr a escola novamente em condições de funcionamento aproximou ainda mais a comunidade da instituição e,no fim, restou aos moradores a sensação de dever cumprido. “Nós ficamos contentes. Se a escola acabasse como as crianças iriam ficar?”, disse outro morador.
Nesta quarta-feira, entramos em contato com o estabelecimento de ensino por telefone, recebendo a informação que a direção só poderia atender a reportagem na próxima semana. Também buscamos um posicionamento das secretarias municipais de Educação e Defesa Civil, através da Assessoria de Comunicação da PMT, não obtendo resposta até o fechamento desta edição.

Em uma das imagens, é possível perceber melhor a largura de uma das rachaduras

 

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Edição 23/11/2024
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