Marcello Medeiros
Unidade hospitalar referência no município, com grandes investimentos em pessoal e equipamentos de última geração, o Hospital das Clínicas Costantino Ottaviano acabou envolvido em publicações de redes sociais que nada têm a ver com a qualidade do serviço oferecido pela importante instituição. Supostos atos libidinosos, que teriam sido praticados por colaboradores no período noturno, durante os plantões, renderam milhares de compartilhamentos nas redes nos últimos dias, com informações desencontradas e fotos de profissionais da saúde que teriam participado dessas situações – incorrendo em diversos crimes para quem divulgou, inclusive. Em nota encaminhada ao Diário no final da tarde desta quarta-feira (11), a direção do HCTCO relatou ter aberto procedimento interno para apurar os fatos: “A Direção do Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano, guarnecida pelo Comitê de Ética, bem como pela área de Compliance Institucional, informa a instauração de Sindicância Interna visando apurar de maneira transparente e imparcial os comentários recentemente disseminados”, informa o texto.
Também no documento, é destacado que o “o HCTCO está empenhado em promover medidas que garantam a manutenção da ética, da segurança e do bem-estar no ambiente hospitalar” e que “Eventuais comportamentos contrários ao Código de Conduta Ética Institucional não serão tolerados”.
Serviço de excelência
Referência em diversos tipos de atendimento, com procedimentos técnicos realizados somente nessa unidade hospitalar no município, o HCTCO pontuou a responsabilidade no atendimento à população: “Contamos com a compreensão e o comprometimento de todos para que possamos concluir a Sindicância de forma justa e eficiente, reafirmando nosso compromisso com a excelência nos serviços prestados e o respeito a todos os envolvidos”.
Crime compartilhado
Compartilhar boatos nas redes sociais não é tipificado como crime específico, mas a conduta pode gerar responsabilidade penal, especialmente em casos de injúria, difamação ou calúnia. Se o boato causar danos à reputação de alguém, a pessoa que o divulgou pode ser responsabilizada civilmente por danos morais. A Lei de Contravenções Penais também prevê punição para quem dissemina informações falsas que causem tumulto ou perigo inexistente, independentemente do meio utilizado. Nos milhares compartilhamentos em redes sociais como Instagram e Facebook ou pelo aplicativo de conversas WhatsApp, diferentes fotos de pessoas que teriam ligação com os supostos atos libidinosos, sem detalhar as situações ou ‘quem teria feito o quê’, além de vídeos que, claramente, não foram gravados no interior da unidade hospitalar. Importante frisar ainda que, com o avanço da tecnologia, as forças de segurança podem chegar aos responsáveis pelo compartilhamento.