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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Homem é preso por importunação sexual na Várzea, em plena luz do dia

Vítima estava com bebê no colo

Luiz Bandeira

Por volta das 16h deste domingo, uma mulher de 22 anos que estava próximo ao antigo prédio da Defensoria Pública, na Rua Fernando Martins, Várzea, principal acesso do bairro Vila Muqui, foi vítima do crime de importunação sexual. Segundo relato a polícia, ela estava com um bebê de colo, mexendo no celular, enquanto tentava pedir um carro por meio de aplicativo, foi importunada sexualmente por um homem desconhecido. O crime aconteceu quando ele se aproximou e começou a fazer perguntas sobre sua tatuagem e sinais de nascença, questionando também se ela seria espírita, “pois estava sentindo uma energia”. Ainda segundo declarou a jovem, o homem então deu cerca de quatro passos em sua direção, em seguida virou-se novamente para ela e afirmou ser “católico e que ajudava em uma igreja”, dando a entender que iria embora. Porém, ele virou-se mais uma vez em sua direção e tirou a bermuda, colocando o órgão genital para fora e começando a se masturbar.
Ela contou também que imediatamente se virou em outra direção e ligou para familiares, enquanto isso o homem continuava a se masturbar por cerca de dois minutos antes de fugir. Os familiares da mulher foram até o local e, com a ajuda da vítima, conseguiram encontrar o homem acusado próximo à escola municipal Paes de Barros, na Vila Muqui. Os familiares abordaram o homem e o detiveram até a chegada da Polícia Militar, que o conduziu para a 110ª Delegacia de Polícia.

Na delegacia, o autor da importunação, um morador de Paineiras, de 44 anos de idade, disse que saiu de casa “porque sentiu que precisava”. Em depoimento ele conta sua versão, disse também que quando avistou a moça, passou por ela e falou alguma coisa, afirmando que tirou o órgão genital para fora e se masturbou “porque Jesus, filho de Jeová, falou com ele para fazer isso” e que “Jesus fala com ele costumeiramente e que ele não pode desobedecer à ordem divina”.
Também segundo o suspeito “Jesus deu essa mesma ordem pra ele apenas outra única vez”. Ele afirmou ainda que frequenta a igreja do sagrado Coração de Jesus, na Barra do Imbuí. De acordo com a Polícia Civil, esse homem foi preso em 2014 por tentar agarrar duas adolescentes. Ele permanece preso e agora vai responder pelo crime de importunação sexual, delito que pode lhe render uma pena que vai de um a cinco anos de reclusão.

Números preocupantes
Segundo o Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP), que trabalha dados estatísticos de ocorrências registradas em delegacias por todo o estado, janeiro de 2023 já apresentou um aumento no número de registros de estupros em comparação com o mesmo mês do ano passado, foram oito registros este ano, contra seis em 2022. Esse crime, em sua maioria, é cometido contra a mulher e também contra meninas adolescentes, mas também faz vítima meninos menores de idade. Em todo o ano de 2022 foram denunciados na 110ª DP 88 casos de estupro, o que representa o maior número de casos desde 2018, quando foram 120 estupros denunciados. Importante lembrar que esse número pode esconder a realidade, pois há muita subnotificação, já que muitos casos de estupro não são comunicados na delegacia, por diversos motivos, entre eles medo da vítima de sofrer violência ainda maior, vergonha de se expor e o pior, em alguns casos o autor do estupro pertence à própria família da vítima.

Apoio da PCERJ
Em apoio à mulher, o delegado titular da 110ª DP, Dr Márcio Dubugras afirma que a mulher vítima não está sozinha e pode contar com a Polícia. “Nós temos a questão do combate à violência sexual, temos índices altos de violência contra as crianças, de estupro de crianças e nós temos sido implacáveis nas ações contra quem realiza violências contra crianças, violências contra as mulheres. Uma certeza que as pessoas podem ter é de que se abusar de uma criança ou bater em uma mulher vai ser preso. A lei é muito favorável, nós temos leis maravilhosas, as alterações da ‘Lei Maria da Penha’ são fantásticas então permitem que as ações de inteligência e de investigações façam com quê esses criminosos, que batem em pessoas mais vulneráveis, sejam presos”, garante o delegado.

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Edição 17/05/2024
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