Com o início do período de estiagem, volta a crescer assustadoramente o número de ocorrências de fogo em vegetação em Teresópolis, incêndios que, na grande maioria das vezes, são criminosos. Um desses casos aconteceu na tarde desta segunda-feira, 06, na localidade de Mottas, Terceiro Distrito de Teresópolis, onde um homem foi preso em flagrante incêndio área de pasto, com o fogo alastrando para pequeno fragmento florestal. Como possui destacamento em Bonsucesso, os militares conseguiram chegar rapidamente ao local para apurar denúncias de populares, acionando também para apoio equipe da Polícia Militar lotada no DPO da localidade. Autuado em flagrante, o homem foi conduzido para a 110ª Delegacia de Polícia e pode pegar entre três e seis anos de prisão, além de pagar multa.
Neste início de inverno, Teresópolis vem registrando vários casos de incêndios em mata, resultado da combinação de um clima seco mais propício à propagação de fogo com a ação irresponsável de algumas pessoas que continuam a provocar queimadas para eliminar lixo ou limpar terreno. Essa situação vem fazendo com que os agentes do Corpo de Bombeiros tenham que se desdobrar para dar contar de atender aos chamados para evitar que o fogo provoque problemas graves à população. Como já deu para perceber, provocar fogo é crime e deve ser denunciado através dos telefones 193, do Corpo de Bombeiros, e 190, da Polícia Militar.
Questão de saúde
Além de grande prejuízo para fauna e flora, a fumaça proveniente dos incêndios florestais pode ser um fator prejudicial à saúde dos que enfrentam nessa época do ano problemas respiratórios, como por exemplo, crises de rinite, sinusite, bronquite, asma, entre outros. “Nós sabemos que aqui na Região Serrana existe um atendimento muito maior de distúrbios respiratórios nessa época do ano, porque existem essas variações de temperatura, mas principalmente porque o ar é muito mais seco e isso afeta as pessoas que já possuem algum tipo de problema respiratório, sobretudo as crianças”, alerta o Capitão do Corpo de Bombeiros Fábio Pimentel.
As queimadas todos os anos representam uma preocupação para o Grupamento, porém atualmente requer maior atenção levando em consideração a pandemia do coronavírus. “O grande problema agora é que nós estamos em meio a uma pandemia de uma doença que, até onde se sabe, acomete principalmente o sistema respiratório. Então essa época do ano, mesmo se não fossem as queimadas, acarretaria um aumento dos atendimentos nos postos de saúde, nos hospitais, na UPA e com as queimadas temos uma poluição maior do ar prejudicando ainda mais. A fumaça pode agravar os casos de Covid-19 e então levar pessoas a procurarem o serviço de saúde e isso confundir um pouco o diagnóstico”, completa o Oficial do 16º GBM.
