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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Imperatriz desmente Vinícius e confirma conta de água mínima a R$ 64,95

Além de dar o reajuste através da agência reguladora que escolheu ao arrepio de autorização da Câmara Municipal, prefeito ainda embutiu 3.63% de aumento, elevando o valor da conta d'água em 12, 27% para 2025

Wanderley Peres

A Prefeitura de Teresópolis emitiu Nota de “esclarecimento” nesta segunda-feira, 30, para confundir a população, ao informar que “o reajuste de 12,27% (doze inteiros e vinte e sete centésimos por cento) solicitado pela Águas da Imperatriz ainda está pendente de aprovação, pois depende de análise e homologação de cálculos que são feitas pela AGENERSA (Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro), garantindo que “não há nenhuma autorização para que a concessionária reajuste tarifas no período informado”.

Apesar de ter sido escolhida a dedo pelo prefeito, e ter conseguido com Vinícius Claussen um contrato temerário que está sendo discutido na Justiça, em várias ações, por conta de irregularidades que representam risco de danos ao erário, por ter sido feito de forma direcionada, conforme apontou o Tribunal de Contas do Estado, também em Nota, a concessionária Águas da Imperatriz confirmou o reajuste, que será da ordem de 12,27%, nesse índice incluído um aumento “de amigo” que conseguiu em acordo assinado por Vinícius, de 3,63%.

“Com o objetivo de garantir a manutenção da qualidade dos serviços prestados e assegurar novos investimentos no município de Teresópolis, a concessionária Águas da Imperatriz aplicou um reajuste de 12,27% nas tarifas de água. Desse total, 3,63% corresponde ao reequilíbrio do contrato, que permitiu a implantação da Tarifa de Pequeno Comércio, beneficiando cerca de 2.600 empresas na cidade, e 8,34% reflete as variações nos principais insumos da concessionária. Todos os cálculos para o reajuste foram apresentados e aprovados pela Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (AGENERSA), no dia 18 de dezembro e estão previstos no contrato de concessão”, diz a Nota da Imperatriz, desmentindo o futuro ex-prefeito Vinícius.

Antes da venda da concessão da água, Vinicius “garantiu” conta para o comércio por R$ 122, mas após “vender a água”, a conta passou mínima para o comércio passou de R$ 300. Agora a população vai pagar por “um erro do Governo Vinicius” para manter o desconto que antes era oferecido pela CEDAE

PREFEITO MENTIU PARA VENDER A ÁGUA

Desmentindo” matéria do DIÁRIO, em 2021, o prefeito Vinícius Claussen publicou fake news com o título “a verdade sobre a tarifa da água”, provando com o edital da licitação em curso que os valores das contas ficariam mais baratos a partir da concessão. A água residencial custaria R$ 47,09 por 15 mil litros e a água comercial R$ 122,17 a tarifa mínima, para os usuários que gastassem até 10 mil litros, afirmou o prefeito antes de vender a água.

Feita as audiências supostamente “públicas”, para cumprir o rito da venda da água de forma fraudulenta aos interesses do teresopolitano, eliminada a concorrência com o direcionamento do certame, conforme apontou em ação ao Tribunal de Justiça o Tribunal de Contas do Estado, e realizada a licitação com o prédio da Prefeitura fechado ao público e com forte aparato policial, o edital mudou e água comercial dobrou de preço, misteriosamente. Em vez dos 10% prometido, que inicialmente seriam 18% de desconto, a água comercial foi de R$ 165,00 (valor de R$ 149,25 reajustado) para 304,00, em vez dos R$ 122,17 prometidos.

Desde que aumentou o valor da conta de água comercial em 100%, em vez de conceder os 10% de desconto exigidos de todos os pretendentes à compra da água em edital, quando havia concorrentes no processo, o DIÁRIO vem batendo no assunto, dando voz aos que acham um absurdo a obscura venda da água de Teresópolis. E, “sensível” às críticas, o prefeito prometeu negociar com a empresa a volta do que chamou de desconto da água comercial, e não é desconto algum, porque a promessa para a venda da água era um desconto de 10% sobre o valor praticado pela Cedae, e o valor praticado era de R$ 165,00 para a tarifa comercial.

Na dificuldade que se apresentou, no entanto, Vinícius viu a oportunidade e, à espreita, tramou um acordo com a concessionária Imperatriz, participando do conluio contra os interesses do teresopolitano a agência reguladora que contratou, sem ouvir a Câmara Municipal, para regular o contrato. O “acordo”, na verdade uma negociata, pela forma como foi tramado, às escondidas – tanto que demorou quase um mês reservado somente aos olhos dos interessados, enquanto até as entidades de classe reclamavam – e pelos interesses alheios ao interesse público, foi assinado no dia 15 de maio, revelando finalmente o seu principal objetivo, o de aumentar, desproporcionalmente o custo da conta de água, ao arrepio do contrato firmado pela municipalidade, que já era um mau negócio e ficou ainda pior, porque ano que vem, em janeiro, o teresopolitano ganhará mais 3.63% de aumento na conta de água, além do reajuste pelos índices da inflação ao longo dos próximos doze meses.

Edição 02/01/2025
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