Marcello Medeiros
Bombeiros do 16º GBM tiveram muito trabalho para controlar um incêndio no terceiro andar de um prédio na Avenida Alberto Torres, próximo ao local conhecido como “Curva do Sabão”, no bairro do Alto, no início da tarde desta quinta-feira. O fogo aconteceu em uma das salas do local onde funciona uma escola que trabalha com cursos pré-vestibular e preparatório militar e só não se espalhou para outros ambientes graças ao atendimento dos Bombeiros. Porém, devido ao material estocado no local onde teve início o incêndio, houve muita fumaça e consequentemente demora para a conclusão do já naturalmente difícil serviço.
“Nós fomos no andar de baixo e de cima também para ver se tinha algo e fazer rescaldo nesses locais, mas nenhum dos outros andares foi atingido”, explicou o Capitão Gois, do 16º GBM
“Foi uma carga muito grande no incêndio por conta do material que havia lá, muita madeira, papel, material escolar, carteiras… Tudo isso causou muita fumaça e tivemos até que utilizar um ventilador tático, para ventilação positiva, para ajudar acessar o ambiente onde teve início fogo”, relatou o responsável pela operação de combate ao incêndio, Capitão Gois. Não houve vítimas.
Segundo apurado no local, o fogo teve início em uma sala onde anteriormente funcionava uma sauna, atualmente desativada e utilizada como depósito de material. Assim, o acabamento em madeira contribuiu para a rápida propagação das chamas. Até o fechamento dessa edição, não se sabia a causa do incêndio. Havia estudantes no estabelecimento de ensino, que conseguiram sair rapidamente assim que perceberam que havia algo errado. Quando chegaram à portaria do prédio, os jovens e funcionários do curso acionaram uma viatura da Polícia Militar que seguia sentido Alto: A preocupação era com uma moradora do andar de cima.
“Estávamos procedendo para a delegacia com um elemento detido por tráfico e na Curva do Sabão vimos vários jovens descendo e pedindo auxílio porque estava saindo muita fumaça do prédio e subimos para ajudar e ver se alguém do prédio precisava de socorro, auxiliando até a chegada dos Bombeiros. O Subtenente Michel e o Soldado Lohan subiram e conseguiram ajudar uma senhora que estava no terceiro andar, além de seu cachorro. Com isso inalaram muita fumaça nesse atendimento”, relatou o Sargento Pimentel, do 30º BPM, em entrevista ao repórter José Carlos “Cacau”.
Sem bombeamento água
Ainda segundo o Oficial do Corpo de Bombeiros, o sistema preventivo não funcionou adequadamente e acabou contribuindo para que o incêndio tomasse maiores proporções. “Aparentemente até saiu um pouco d´água, mas somente da própria estrutura, mas não estava funcionando a bomba d’água do local”, destacou o Capitão, que após comandar o controle das chamas no terceiro andar vistoriou o restante do prédio. “Nós fomos no andar de baixo e de cima também para ver se tinha algo e fazer rescaldo nesses locais, mas nenhum dos outros andares foi atingido”, pontuou.
Com a finalização do trabalho do Corpo de Bombeiros, era aguardada vistoria da Secretaria Municipal de Defesa Civil para liberação do pequeno prédio. “A gente vai deixar o local com Defesa Civil e, a princípio, a população não deve voltar até essa análise. Devido ao incêndio, é preciso aguardar mais um pouco até medidas serem tomadas. Desligamos elevador, energia elétrica, gás, então vai ser difícil voltar rapidamente”, explicou o Capitão.
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Bombeiros ficaram cerca de duas horas no local, combatendo o fogo diretamente e verificando outros riscos no edifício
Brigadistas no interior
Para auxiliar no primeiro combate a focos de incêndios florestais, o Corpo de Bombeiros tem buscado parcerias nas comunidades mais distantes de Teresópolis, como em Santa Rita, no Segundo Distrito. Localizada a aproximadamente 20 quilômetros de distância e pelo menos quarenta minutos do quartel, a região acaba sendo mais prejudicada no período de estiagem, quando o número de queimadas criminosas é grande. Por isso, com o objetivo de extinguir rapidamente pequenos focos de incêndios florestais, evitando a propagação e até o acionamento do GBM, esta semana foi realizado um curso de formação de brigadistas. Trinta moradores da localidade participaram da capacitação oferecida pelo 16º e, além disso, eles mesmos se uniram para adquirir 30 abafadores e bombas costais para atuar nos pequenos focos e tentar evitar que se tornem grandes incêndios florestais.
As queimadas criminosas prejudicam as lavouras, causam danos que podem ser irreversíveis em importantes mananciais e, no caso de Santa Rita, ainda podem prejudicar fauna e flora protegidas pelo Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis, unidade de conservação ambiental criada em 06 de julho de 2009 e que tem sede naquela comunidade. A antiga Fazenda Urso Branco foi desapropriada e hoje recebe mais do que a parte administrativa do parque, oferecendo ainda opções de lazer para toda a família.