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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Instituições empresariais prometem ação para revogar novo feriado

Representante do CDL e Sincomércio diz que empresários não foram consultados

Luiz Bandeira

Este dia 11 de janeiro de 2022 é o primeiro e pode ser o último feriado municipal que marca um dia em homenagens às vítimas da Tragédia de 2011. Como já foi dito e repetido nas páginas do jornal o Diário e na Diário TV, por seus comunicadores e jornalistas, os eventos trágicos de 2011 aconteceram na madrugada de 12 de janeiro e não no dia 11, quando por volta das 22h as chuvas intensas começaram. As primeiras ocorrências de deslizamentos registradas foram após a meia-noite, por tanto dia 12 de janeiro de 2011. Mas o vereador Pastor Luciano, autor do projeto de lei que instituiu o feriado, além de não observar a data certa da maior tragédia climática do país, também não teria procurado empresários do município para alinhar uma melhor forma de homenagem que não causasse prejuízo ao setor, já bem castigado pelas medidas restritivas impostas desde 2020 por conta da pandemia. Agora, representantes dos empresários prometem ingressar na Justiça contra mais um feriado municipal, que já conta com três: 13 de junho, dia de Santo Antônio, 15 de outubro, dia de Santa Tereza D’ávila e seis de julho dia do aniversário de emancipação do município.
Buscamos a palavra do representante dos empresários no comércio da cidade, Igor Edelstein, que é presidente do CDL Teresópolis, e membro da diretoria do Sincomércio, que demonstrou insatisfação com o novo feriado. “Isso é muito ruim, mas muito mesmo. Grande parte do comércio foi pego de surpresa, apesar do projeto de lei ter tramitado ano passado, um projeto do vereador Pastor Luciano. Obviamente a gente respeita muito as vítimas, toda a Tragédia, o comércio sempre foi um parceiro, sempre ombreou não só com as perdas, com relação aos nossos funcionários, colaboradores, o comércio não esteve de fora dos grandes acontecimentos de Teresópolis, sejam eles negativos, como nesse caso, ou positivos”, relatou. 
Igor disse ainda que em nenhum momento houve a intenção do legislador levar ao conhecimento dos empresários a intenção de promover mais um feriado. “Fomos pegos de surpresa, porque ninguém do legislativo chamou as instituições para conversar. Eu acho muito importante existir um alinhamento para que a gente possa caminhar junto, construir a cidade em conjunto. O comércio é uma força muito grande em Teresópolis é a classe que mais emprega, que mais arrecada impostos, que mais gera renda e receita para o município”. 
Briga na Justiça
Segundo Igor a intenção das instituições às quais representa é de revogar o feriado. “Fomos pegos de surpresa obviamente estamos tomando todas as medidas. Primeiramente questionar a legalidade desse feriado, Teresópolis tem uma peculiaridade, tem dois padroeiros, então já existe um número de feriados, a meu entender excessivo, então nós entramos em contato com o jurídico da federação do comércio (Fecomércio), que é um jurídico que vai dar toda a assessoria, inclusive ingressando com ação para que a gente possa se possível, revogar esse feriado ou torna-lo um feriado facultativo ou até colocar num segundo domingo de janeiro, para que óbvio, a gente, lembre o que aconteceu nessa data, a tragédia que foi, mas ao mesmo tempo não prejudique a atividade produtiva da nossa cidade, o prejuízo em valores é imenso… Volto a falar nosso primeiro passo vai ser através do estudo da possibilidade de uma ação judicial para revoga-lo, caso não consigamos iremos sentar com o sindicato laboral para passar a importância que é o comércio estar aberto. Eu tenho certeza que nós vamos ser entendidos, assim como em uma época durante a pandemia que o governador do estado do Rio de Janeiro decretou dez dias de feriados, dez dias seguidos e nós, através de uma ação do Sincomércio, conseguimos trabalhar esses dez dias, e quando a gente fala trabalhar é gerar receita, é gerar emprego. Então é uma posição de indignação, infelizmente grande parte do comércio fechará, existe a possibilidade de abrir mediante ao termo de adesão junto ao Sincomércio e ao sindicato laboral, mas esse termo é custoso, o empresariado que já está com muitas dificuldades, ele tem que pagar para abrir, tanto para um sindicato como pro outro, quanto para o empregado também”.

Muito prejuízo
O representante dos empresários acha que o prejuízo causado por mais um feriado pode provocar reflexos negativos ao trabalhador e que o sindicato laboral deve aderir a proposta dos empresários. “Teresópolis assim como todo o estado, o país e o mundo vivem numa pandemia, então nós saímos de um período que o comércio ficou fechado 90, 120 dias, funcionando através de CPF, com muita dificuldade, então os que sobreviveram hoje passam por muita dificuldade, muitos não sobreviveram, e a gente não pode, sem ter o diálogo com as instituições produtivas, associação comercial, CDL, Sincomércio, o próprio Convention Bureau, a gente conversar e ver o quê que é melhor pra nossa cidade. Aqui nós não estamos defendendo o comércio, nós estamos defendendo a cidade, o prejuízo é da cidade, quando fecha uma loja, são empregos que deixam de ser gerados, são receitas que deixam de ser arrecadadas, então realmente, a minha posição é de indignação, de como esse feriado acabou sendo instituído”, disse Igor.

 

 

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