Marcello Medeiros
Quando se fala em beleza cênica e conservação ambiental, Teresópolis é referência. Cercado por três parques, o município conta com atrativos que anualmente atraem milhares de visitantes, de várias partes do mundo. E, além das maravilhas naturais, essas três unidades têm investido em novos ambientes que contribuam com a manutenção de espécies diversas e com a qualidade de vida da população. Um desses exemplos é o lago criado na sede Santa Rita do Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis, no Segundo Distrito, que teve como foco principal atrair a avifauna específica de áreas alagadas e acabou também se tornando um excelente recanto para relaxar e passar boas horas do dia admirando o verde do seu entorno e tudo de bom que vem com ele. Para os apaixonados pelas aves, algumas das muitas espécies que costumam utilizar essa bonita área são o Japacanim (Donacobius atricapilla), a Choca-da-mata (Thamnophilus caerulescens), o João-botina-da-mata (Phacellodomus erythrophthalmus), a Marreca-ananaí (Amazonetta brasiliensis) e o Pitiguari (Cyclarhis gujanensis).
Além da possibilidade de admirar essas e outras espécies que são frequentes em Santa Rita, o entorno do lago foi preparado para que o visitante passe momentos de relaxamento e contemplação, com uma pequena ponte, terreno gramado, um deck avançando na água em uma das extremidades do espelho d´água e mesas para piquenique. Nesse último caso, lembre-se de não deixar nada de alimento no local e nem oferecer comida para os animais silvestres.
Observação de aves
Nos últimos anos, o PNMMT tem investido em atrativos para observadores de pássaros na sede Santa Rita. Há cerca de dois anos foi construída uma torre de observação no meio da Trilha do Jacu, espaço que permite avistar de cima ou bem mais próximo a copa das árvores. No entorno do lago há cabanas que protegem fotógrafos e admiradores de aves para que possam observa-las e fotografa-las sem serem percebidos.
Com isso, o Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis desenvolve uma prática que cria a relação do homem com as aves em seus ambientes naturais, com respeito e harmonia com a natureza. Atualmente são quase 400 espécies catalogadas na área do parque, que está inserido no bioma Mata Atlântica, um dos ecossistemas mais ricos em biodiversidade do planeta e que possui cerca de 50% das aves brasileiras. Outra dica para os interessados no assunto é o livro sobre a avifauna do PNMMT, que pode baixado no site do Unifeso.
Outros atrativos
Em Santa Rita há trilhas que podem ser percorridas por todos os públicos. A do Tangará tem início próximo a sede do PNMMT, no lado esquerdo. Após atravessar uma pequena floresta de pinheiros, com o caminho forrado pelas folhas adaptadas dessa espécie, que mais parecem agulhas, além de muitas pinhas, o caminhante passa por um trecho um pouco mais íngreme para se deparar com a grande atração, a ponte pênsil com 22 metros de extensão. Em seguida, a Tangará se liga a trilha do Jacu, outro caminho bem curto e recomendado para todas as idades. Nesse espaço existe ainda uma opção para os que buscam distância e altimetria maior, a Trilha da Pedra Alpina, com cerca de quatro quilômetros e que permite chegar ao cume dessa montanha, a 1.280 metros de altitude.
Um borboletário é outro projeto em andamento no núcleo do interior da unidade de conservação ambiental, criada em 06 de julho de 2009 e que tem como símbolo a Pedra da Tartaruga. Para chegar até o local, existem dois acessos. O principal, e mais fácil, é via BR-116. A referência é a localidade de Holliday, pouco depois do Fischer e antes do posto da PRF em Três Córregos. Saindo da rodovia federal, há placas indicando o caminho até Santa Rita, atualmente totalmente asfaltado.