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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Leilão na Fazenda Alpina

Propriedade remonta ao período do Império e plantio de chá

Wanderley Peres

Fazenda do Chá, que se chamava Bom Jesus do Paquequer até 1862 e virou São João, onde surgiu a Colônia Alpina, em 1890, a Fazenda Alpina vai ser palco de um grande leilão.  Daí, segue um texto sobre a propriedade com algumas informações históricas:

Propriedade com área de 600 mil metros quadrados e 1.900 m² de área construída a Fazenda Alpina vai a leilão o seu valioso acervo, marcado para o dia 24 de janeiro. Localizada no Segundo Distrito, próximo à Santa Rita, “a casa principal tem nove cômodos, 64 janelas, nove salas, uma capela no interior da casa, nove banheiros, uma adega, um escritório e duas cozinhas. Do lado de fora, dois enormes lagos, um heliponto para pouso de dois helicópteros simultaneamente, além de diversos espaços de apoio”, informou os interessados pelo evento no blog do ig Lulacerda no último dia 11.
  
Chamada Bom Jesus do Paquequer no tempo em que pertenceu ao Visconde de Sepetiba, a fantástica propriedade fica perto da sede do Parque Municipal Montanhas de Teresópolis, em Santa Rita e era do governo imperial até 1885, quando foi vendida a Henrique Raffard e Henrique Naegeli, que tinham o plano de ocupá-la com colonizadores suíços, projeto levado a efeito pelo zoólogo Emilio Goeldi, em 1890, quando virou propriedade de seu sogro, o industrial Eugenio Meyer. 
  
Conhecida depois por São João do Paquequer ou “fazenda do chá”, porque era dedicada à plantação de chá inglês nos primeiros anos depois da abertura dos portos com a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil, a propriedade foi, originalmente, de Felismino José do Vale, depois de Aureliano de Souza Coutinho, o Visconde de Sepetiba e, ainda, de José Francisco Foughet, que a vendeu, em 1862, ao servidor público João Bernardo Nogueira da Silva, de quem o governo a sequestrou em 1876, ficando a rica propriedade em poder do Império por nove anos quando por pouco não virou um convento.
  
Segundo a marchand e leiloeira Leslie Diniz, “a casa é toda original e não está tombada pelo patrimônio histórico. É um sonho, um mergulho no tempo. Quem comprar vai levar uma vida de barão. Ali, as paredes falam, os vidros são autênticos, tudo é curioso. É tão extraordinário que a família não divulga nem o lance inicial e está aberta a propostas. Os proprietários estão muito felizes porque eles não queriam vender os itens para antiquários, mas para historiadores e pessoas interessadas”.

Proprietária de parte da fazenda Alpina, Gisela Brasil informou a O DIÁRIO, no entanto, que “a fazenda não está indo a leilão, e que está apenas disponibilizando alguns objetos da fazenda, que estão sendo ofertados para a venda em um leilão.

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Edição 23/11/2024
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