Marcello Medeiros
O estelionato é um dos delitos com maior incidência no município, com mais de 700 comunicações na 110ª DP somente nos oito primeiros meses do ano. Com o avanço da tecnologia, os golpistas não precisam mais ficar em portas de agências lotéricas ou bancos para identificar e fazer suas vítimas. Basta um celular ou computador para conseguir dinheiro fácil. Dois dos tipos mais comuns de fraudes aplicadas nos últimos meses envolvem os casos de “filho fake”, onde o pilantra se passa por um familiar da vítima, dizendo que está com número novo, e logo a seguir tenta arrancar valores em dinheiro; e o “golpe do classificado”. Nessa situação, ele faz uma espécie de intermediação entre o vendedor e o possível comprador. Somente na última segunda-feira (14), mais duas pessoas ficaram no prejuízo por acreditar que estavam comprando produtos com preço abaixo do mercado.
No primeiro caso, a ação envolveu a venda de uma motocicleta Honda CB/300, com a vítima perdendo R$ 500 depositados para supostamente fazer a regularização do veículo. No segundo, a pessoa acreditou que iria comprar uma geladeira avaliada na faixa de R$ 2.500,00 mil pela quantia de R$ 600. Após efetuar o pagamento via Pix “para segurar o produto”, a vítima esteve no endereço indicado para tentar busca-la. Porém, ouviu do real proprietário que ele não havia recebido nenhum depósito e que o valor real era quase cinco vezes mais do que o anúncio que atraiu a compradora. Os dois casos foram comunicados na delegacia.
O crime ocorre da seguinte maneira: – O golpista replica um anúncio publicado em “marketplace”, com o valor abaixo do mercado. Quando alguém se interessa, ele entra em contato com o vendedor real. – Nesse momento, ele simula que “algum conhecido” vai ver o produto; para o suposto comprador, que “um conhecido vai mostrar”. – Para o golpe dar certo, pede que um não comente com o outro sobre ele, inventando algum tipo de história de acerto de contas. – Na conversa, já pede que o sinal ou o valor integral seja pago na conta/chave pix indicada por ele. – Somente quando tenta levar o produto, a pessoa descobre que foi vítima de um golpe.
Semanalmente, várias comunicações de casos do tipo têm sido realizadas em sede policial. A dica é não fazer nenhuma transferência ou depósito antes de conversar com a pessoa que estiver de posse do produto, independente do que tiver sido combinado através do Facebook ou Whatsapp. Questione se é realmente o valor a ser pago, se a conta que vai receber o dinheiro é a indicada na conversa e sobre tal pessoa que fez contato com você.
COMO FUNCIONA O GOLPE
- O golpista replica um anúncio publicado em “marketplace”, com o valor abaixo do mercado. Quando alguém se interessa, ele entra em contato com o vendedor real
- Nesse momento, ele simula que “algum conhecido” vai ver o produto; para o suposto comprador, que “um conhecido vai mostrar”.
- Para o golpe dar certo, pede que um não comente com o outro sobre ele, inventando algum tipo de história de acerto de contas
- Na conversa, já pede que o sinal ou o valor integral seja pago na conta/chave pix indicada por ele
- Somente quando tenta levar o produto, a pessoa descobre que foi vítima de um golpe