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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Mais um ano termina sem a conclusão da reforma da Feirinha

Principal atrativo turístico do Bairro do Alto é um canteiro de obras desde meados de 2022

Marcello Medeiros

“Ano novo, vida nova”. Todo final de dezembro e começo de janeiro, é comum fazer muitas promessas, previsões e falar sobre a expectativa de um ciclo melhor, de crescimento e conquistas. Mas, o que não muda também é que muitas coisas do anterior não foram resolvidas e acabam se acumulando ou entrando como “novas” obrigações no ano que se inicia. Em Teresópolis, um desses exemplos é a obra de reforma e revitalização da Feirinha do Alto, também conhecida como Feirinha de Teresópolis. Aliás, essa não foi a primeira “virada” sem poder comemorar essa conquista. O principal atrativo turístico do município nesse movimentado bairro é um verdadeiro canteiro de obras desde meados de 2022. E, pelo que se vê atualmente, será necessário realmente dar um novo ritmo às coisas para não se chegar a dezembro de 2024 tendo que refazer a promessa de “ano novo e vida nova” sem saber se ela será cumprida.


O Diário esteve no local nesta sexta-feira (29), constatando que, mais uma vez, não havia ninguém trabalhando – apesar do grande atraso na conclusão de importante serviço. Representante do governo estadual informou à nossa reportagem que entraria em contato com a EMOP para saber se havia ocorrido algum problema ou apenas seria esse um recesso de fim de ano, nessa parada semana entre Natal e Ano Novo. Mas, mesmo que houvesse, não seria humanamente possível terminar tudo que falta para ser feito. Só para se ter uma ideia, os setores Amarelo e Azul, mais próximos da Avenida Oliveira Botelho, sequer tiveram um tijolinho do piso trocado.

Com tamanha demora para conclusão, a estrutura do “mercado orgânico” já apresenta muitos pontos de corrosão. Foto: Marcello Medeiros/Diário


O setor de alimentação, onde também está sendo levantada uma estrutura para um “mercado orgânico”, também ainda aparenta estar longe de ficar pronto e já com vários pontos de corrosão na estrutura metálica. Mesmo de fora, se percebe paredes parcialmente derrubadas, estruturas enferrujadas e a própria contenção colocada para evitar a acesso de pedestres parece que vai desabar a qualquer momento, de tanto tempo montada e sofrendo com chutes, pontapés e a própria ação do tempo. Enquanto isso, vai sendo prorrogado o aluguel dos contêineres que foram a opção para que esses comerciantes não ficassem sem trabalhar. O espaço agora denominado “boulevard”, em frente ao Shopping do Alto, realmente não oferece as mesmas condições de trabalho e conforto que os clientes se acostumaram na antiga área destinada à praça de alimentação.

A antiga quadra continua com o jeitinho de sempre. Ou seja, somente o “vizinho” Coreto recebeu intervenção. Foto: Marcello Medeiros/Diário


“Entra mês e sai mês e pouca coisa muda por aqui. Se reúnem, discutem e dizem que vão fazer. No final das contas, acabamos ficando no prejuízo. O espaço segue improvisado, essa cara de obra que não termina nunca e o turista vindo cada vez menos. E isso é porque esse foi um governo que sempre teve discurso de olhar para frente, moderno, turístico. Pelo visto, mais um falastrão que no final das contas é segue a velha política de sempre”, relatou ao Diário uma desanimada feirante, nessa pouco movimentada sexta-feira.

Reuniões e mais reuniões
No início de setembro passado, o andamento das obras de remodelação e de requalificação dos 20 mil metros quadrados da Praça Higino da Silveira, no Alto, foi o principal assunto da reunião realizada com representantes da Comissão de Obras, formada por coordenadores e expositores da Feirarte, da Alfa (Associação Livre da Feirinha do Alto) e da Associação Sou + Feirinha. “O encontro, conduzido pelas equipes da Secretaria Municipal de Turismo, visa atender as demandas de cada setor,reforçando que o Turismo é um canal aberto para esclarecimentos de todas as dúvidas. O intuito é encontrar soluções conjuntas que sejam benéficas para todos”, divulgou, na ocasião, o governo municipal.

Os setores amarelo e azul, mais próximos da Oliveira Botelho, não viram um tijolinho sequer do novo piso. Foto: Marcello Medeiros/Diário

O projeto
“Ao custo de R$ 12,9 milhões, o projeto de reformulação conta com novas construções como o pórtico de entrada, mercado orgânico e a nova praça de alimentação, que somadas à reforma do coreto e da estação serão os personagens principais para criação da nova identidade arquitetônica da Praça Higino da Silveira, onde funciona a Feirinha”, informou o governo municipal em março de 2022. Com 540 estandes, a Feirarte costumava receber em média 10 mil visitantes por fim de semana, contribuindo de forma significativa para o turismo e a geração de renda.

O chamado “boulevard”, a improvisação no setor de alimentação, teve que ter o aluguel prorrogado. Foto: Marcello Medeiros/Diário

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Edição 17/05/2024
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