“Nem tudo que reluz é ouro…”. A expressão é bem antiga, mas continua atual. Não acredite em dinheiro fácil, brindes aleatórios e mulheres supostamente apaixonadas após um bate papo na internet. No início da semana, mais um morador de Teresópolis foi chantageado depois de uma conversa que teve início em rede social e terminou com a troca de fotos íntimas. Após os ‘nudes’, entrou na conversa um suposto advogado, dizendo que a mulher era menor de idade e que ele seria denunciado na delegacia. Para forçar a chantagem, o homem teria dito ainda que a adolescente teria tentado o suicídio após a conversa erótica e que, para não expor a situação – e as fotos do homem -, o teresopolitano teria que fazer um Pix no valor de R$ 7.500,00. A vítima relata não ter transferido o dinheiro, por perceber que se tratava de um golpe, mas achou por bem registrar o fato na 110ª DP.
No ano passado, um morador do bairro São Pedro foi envolvido em história semelhante. Ele disse ter iniciado um bate papo com uma jovem em um aplicativo de relacionamento, passando em seguida para o WhatsApp. No segundo, a conversa “esquentou” e eles começaram a trocar fotos íntimas. Porém, ainda segundo a denúncia, não havia intenção amorosa no outro lado da história e logo a seguir a mulher começou a pedir valores para não divulgar a foto do teresopolitano. Depois de fazer quatro transferências no valor de R$ 400, por PIX, e ficar “zerado”, ela o ameaçou: “se não pagar mais R$ 100 até às 10h de amanhã, vou divulgar as suas fotos para os seus conhecidos”.
Falso delegado
Também em 2024, um homem de 36 anos relatou ter iniciado conversa com um rapaz no Instagram, passando em seguida para as mensagens de WhatsApp. Logo a seguir, também segundo o que está sendo apurado, o tal rapaz passou a solicitar fotos íntimas e enviar as suas. A vítima alega não ter encaminhado nada e parado de conversar a seguir, “por não compartilhar desse tipo de conteúdo”. Porém, na manhã seguinte ele recebeu a mensagem de outro telefone, também com DDD do Rio Grande do Sul, se passando por um delegado que seria titular de uma unidade de proteção à criança e ao adolescente, pedindo que ele entrasse em contato o mais breve possível, para prestar esclarecimentos, “senão estaria decretando sua prisão preventiva e cautelar, além de busca e apreensão”.
Todo o enredo já indica um possível golpe, onde o interlocutor acaba sofrendo extorsão para não ter suas imagens divulgadas, ou por supostamente ter tido alguma relação com um menor de idade. Em busca na internet, aparece reportagem do jornal O Diário do Vale dos Sinos, do Rio Grande do Sul, citando tal situação e a utilização do nome e documento de identidade falso de um delegado daquela região.









