Além dos monumentos, pontos como o Mirante do Vale do Paraíso sofrem com a ação de criminosos
Luiz Bandeira
Nesta terça-feira, 15, recebemos um vídeo de um telespectador da Diário TV denunciando ato de depredação e vandalismo praticado contra o totem instalado na praça da escola Ginda Bloch, no bairro do Alto. A instalação foi feita para servir de cenário de fotos que manifestem o amor pela cidade. Porém, o quê se percebe é que não há esse sentimento de amor e de carinho pela coisa pública, sobretudo às que identificam a cidade. No ano passado o jornal O Diário publicou denúncia de vandalismo praticado contra um totem similar ao do Ginda Bloch, instalado na Praça da Matriz de Santa Tereza, na Várzea. Denúncias e flagrantes de vandalismo constantemente chegam a nossa redação, mas não é preciso ser alertado por denúncia para flagrar a depredação provocada por vândalos que agem impunemente, tais atos são invariavelmente criticados pelo jornal O Diário, que aceita a liberdade de manifestação, mas critica a destruição, qualquer que seja.
Além dos totens danificados, nossa equipe esteve em um dos pontos turísticos mais visitados da cidade, o mirante Roberto Silveira, no bairro Vale Paraíso, para verificar as condições do espaço que recebe diariamente dezenas de visitantes. Flagramos pichações, lixo descartado de forma irregular e abandono por parte da prefeitura, já que é possível ver mato crescendo nos cantos do espaço público, inclusive uma parreira de chuchu cresceu sobre o pergolado, a lixeira está quebrada e os canteiros não têm mais flores, pois o mato já tomou conta. Realmente o quê o visitante vê no atrativo turístico, contrasta com o belo visual da cidade, com a Serra dos Órgãos ao fundo. Assim como o mirante do Vale Paraíso, muitos pontos de visitação em Teresópolis, que tem essa vocação para receber bem o turista, estão pichados ou depredados e nem todos recebem do governo municipal a atenção que deveriam. Isso demonstra ao visitante a importância e o cuidado que o povo dá ao seu patrimônio.
A prefeitura faz campanha em sua página no Facebook pelo combate às pichações, porém isso não trouxe resultados práticos, o que se torna mais urgente é um maior cuidado aos locais que recebem turistas na cidade. Veterano das pichações, mas que deixou no passado suas ações de vandalismo, Ronan Fonseca, o Dimo, faz questão de falar das suas marcas pela cidade, algumas com mais de vinte anos, com muita tristeza, e repassa essa mensagem para os mais jovens. “A gente conversa muito com a molecada. A gente passa muito do que já vivemos, e tenta colocar na cabeça dessa rapaziada que o problema causado pela cidade é maior do que imaginamos, e que leva além do prejuízo aos proprietários dos imóveis ou objetos atacados, um prejuízo maior para a cidade como um todo”, ensina o artista do grafite Dimo.
É crime sim
De acordo com o artigo 163, do Código Penal brasileiro, vandalismo é crime e o autor do delito fica sujeito à pena que pode variar de seis meses a três anos de detenção e ou multa, por danos ao patrimônio. Qualquer informação que possa auxiliar na identificação dos criminosos podem ser passadas pelos telefones 190, 2742-9977 e 99817-7508. Não é necessário se identificar.