Wanderley Peres
“Quem disse que o Vinícius Claussen não persegue quem trabalha?” Dizem por aí que o governo não é perseguidor, estão muito enganados”, escreveu em postagem que circulou no whatsapp, nesta segunda-feira, 8, a ex-vereadora Margareth Rosi. Secretária dos Direitos da Mulher desde 2020, e interina de Desenvolvimento Social no período em que o prefeito a convocou, para dar exemplo aos vereadores que votaram em seu desagrado na Câmara, Margareth foi exonerada do cargo pelo prefeito, “a pedido”, em março passado, sem que ela soubesse ou concordasse, para que fosse completada a cota de mulheres na nominata do partido Solidariedade, onde Vinícius teria decidido que ela seria candidata, para ajudar a legenda eleger alguém.
“Me botou num partido para ser escada dos outros. Eu disse que não vinha candidata porque não tinha condições físicas, e porque eu não queria. Fiquei muito aborrecida, por isso saí do partido e da nominata, porque não seria escada de ninguém, e ninguém me obriga a fazer o que eu não quero. Agora, para se vingar de mim, mandou embora três assistentes sociais, que trabalhavam comigo em cargo comissionado, por pura perseguição”, disse a O DIÁRIO, confirmando tudo o que escreveu, e dizendo que poderia ter escrito mais coisas. “Não falei nada demais, foi muito pior do que escrevi. Se eu contasse tudo o que aconteceu, mesmo, nos bastidores, ele estava é cassado, porque não só me coagiu, como tentou obrigar mesmo. E agora vem com essa retaliação. Esse sujeito mentiroso precisa ser desmascarado”.
“TENTOU ME OBRIGAR”
Confirmando a O DIÁRIO que houve tratativas para a sua candidatura, Margareth escreveu que foi convidada para vir como candidata e sempre recusou. “Já fui vereadora, não tenho mais pique para uma campanha, afinal tenho grave problema na coluna onde tenho 16 pinos e uma prótese. Mas, nada fazia este prefeito voltar atrás, porque precisava preencher a cota feminina no Solidariedade. Fui exonerada, sem querer vir candidata, tentei voltar para a secretaria e fui impedida”, escreveu a ex-secretária, que virou meme nas redes sociais, meses atrás, quando cobrou mais rigor do prefeito contra os vereadores da base do governo que estavam votando contra o governo. Mostrando fidelidade política ao prefeito, na postagem, a vereadora xingou os vereadores da base, “que recebem benesses do governo”, pedindo orientação ao chefe sobre quem os secretários deveriam atender, “para ajudar nas próximas eleições”, o que provocou grande descontentamento na Câmara, afinal o uso da máquina administrativa em favor de candidaturas é crime eleitoral.
“QUEDA GRANDIOSA”
“Não sou mulher de fazer nada obrigada. Após 60 dias aguardando uma decisão que não chegava optei em sair do partido e da nominata. Afinal, este é o Prefeito que promete e não cumpre a palavra”, disse, reclamando que a secretária que o sucedeu desestruturou a secretaria, exonerando dos cargos pessoas que são fundamentais para a secretaria. “Que me persigam, mas jamais se vinguem de pessoas que deram seu sangue durante quatro anos para este governo. Lamento muito ter acreditado na sua falsa retórica. A sua queda será grandiosa porque o povo jamais esquecerá o pior prefeito de Teresópolis, aquele que deixou o povo mais humilde de lado, e governando somente para os riquinhos da cidade.
TOMA LÁ DÁ CÁ
Anunciando o caminho político que tomou, Margareth acusou o prefeito, também, de entregar secretarias nas mãos de vereadores, lamentando por quem ainda continua no governo. “Vi tudo, mas nunca vi este prefeito se preocupar com os pobres do interior e da cidade. Jamais terá o meu apoio para nada, porque é um prefeito medíocre que se vinga das pessoas. Tenho pena do seu candidato à sucessão, que é excelente pessoa, mas carrega a sua marca, e vai descer ladeira abaixo, porque esse governo persegue e tira emprego das pessoas que um dia vestiram sua camisa e joga a culpa nos vereadores”, concluiu.