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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Moradores da Beira Linha temem danos em casas durante obras da Águas da Imperatriz

Intervenções no Rio Paquequer geram apreensão entre famílias da comunidade. Vereador cobra explicações

Luiz Bandeira

As obras de instalação do sistema de captação de esgoto realizadas pela concessionária Águas da Imperatriz, às margens do Rio Paquequer, têm gerado preocupação entre os moradores da comunidade da Beira Linha. Máquinas pesadas, vibrações no solo e a ausência de informações técnicas sobre o impacto das intervenções são os principais motivos de apreensão.
A moradora Estefani Gonçalves Schuenck, de 32 anos, relata que teme pela estrutura da casa onde mora desde a infância. “A estrutura da minha casa foi feita pelo meu avô, com muito esforço. É uma base sólida, mas mesmo assim já sentimos o impacto das máquinas. O solo treme, o rio está sendo alargado e aprofundado, e ninguém veio explicar o que está sendo feito”, disse.

Estefani Schuenck mostra a casa da família, construída há mais de três décadas às margens do Rio Paquequer. Moradora teme que as obras afetem a estrutura do imóvel. Foto: Luiz Bandeira / O Diário

Estefani afirma que procurou a Defesa Civil com o apoio do vereador Calé, após perceber que o terreno próximo à sua residência apresentava sinais de instabilidade. “Graças a Deus e à ajuda do Calé, a Defesa Civil veio e constatou que a base da minha casa ainda está segura. Mas se a minha, que é bem estruturada, sofre com as obras, imagina as que não têm a mesma base. Tem muita gente com medo de perder a casa e com medo de se manifestar”, completou a moradora.

Máquinas trabalham às margens do Rio Paquequer, na Beira Linha. Moradores relatam vibrações no solo e temem danos em suas casas durante a execução do projeto. Foto: Luiz Bandeira / O Diário

Assunto debatido na Câmara
O vereador Calé, que nos últimos dias tem falado sobre a situação nas sessões ordinárias da Câmara Municipal, confirmou ao Diário que recebeu diversas reclamações de moradores da Beira Linha e que por isso levou o assunto à pauta do Legislativo. “A Estefani me procurou, e outros moradores também estavam muito preocupados. Nós levamos o caso à Defesa Civil, que esteve no local e garantiu que, por enquanto, não há risco de desabamento. Ainda assim, a população vive em tensão”, afirmou.
O parlamentar informou que enviou um ofício à Águas da Imperatriz solicitando esclarecimentos sobre a obra. O documento pede informações sobre as medidas técnicas de segurança adotadas, estudos de impacto realizados antes do início das obras, eventuais ações corretivas e indenizatórias em caso de danos aos imóveis, além do nome do responsável técnico e do canal oficial de atendimento aos moradores. “A população precisa saber a quem recorrer se tiver prejuízos. Nosso papel é garantir transparência e segurança”, disse Calé.

Máquinas trabalham às margens do Rio Paquequer, na Beira Linha. Moradores relatam vibrações no solo e temem danos em suas casas durante a execução do projeto. Foto: Luiz Bandeira / O Diário

Concessionária se defende
Em nota, encaminhada à redação do Diário na tarde desta quinta-feira (13), a Águas da Imperatriz informou não ter recebido nenhum chamado ou registro de rachaduras em imóveis na Beira Linha. A concessionária afirmou ainda que as obras são realizadas seguindo todas as normas de segurança e que realiza vistorias sempre que solicitada. “Os moradores que desejarem entrar em contato com a empresa podem fazê-lo pelos canais oficiais: WhatsApp (21) 97211-8064, telefone 0800 757 0422 ou pelo site (http://www.aguasdaimperatriz.com.br)”, diz a empresa que substituiu a Cedae em Teresópolis.
Enquanto isso, na Beira Linha, a comunidade segue atenta aos desdobramentos da obra e aos possíveis impactos em suas residências, especialmente com a chegada do período de chuvas intensas.

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Edição 13/11/2025
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